Autoconhecimento Comportamento

Autoestima

Mulher abraçando a si mesma.
Roman Samborskyi / Shutterstock
Escrito por Carla Bettin

Mesmo abordando assuntos a partir da minha visão e forma de compreender, gosto de analisar os assuntos “ao pé da letra”, então vamos saber o que significam separadamente os termos “auto” e “estima”.

Auto é um prefixo (de origem grega) ou um elemento composicional que permite designar aquilo que é próprio ou que funciona por si mesmo.

Estima é um substantivo feminino que significa: sentimento de carinho ou de apreço em relação a alguém ou algo; afeição; afeto; admiração e respeito que se sente por alguém […].

Se o substantivo “estima” está relacionado a sentimentos em relação a alguém, colocando-se o prefixo “auto”, concluímos então que autoestima é um sentimento de carinho, apreço, afeição, afeto, admiração e respeito que sentimos por nós mesmos.
Autoestima baixa seria então a incapacidade de nutrir tais sentimentos por si mesmo(a).

A nossa autoestima é formada muito antes de termos condições de saber o significado dessa palavra, esses sentimentos se materializam de forma mais concreta em nosso campo emocional no período gestacional.

O primeiro registro de afeto que um ser pode receber durante sua formação enquanto ser humano é quando a mamãe toma conhecimento de sua existência dentro de seu ventre.

As reações da mãe ao tomar conhecimento da gravidez podem ser as mais variadas possíveis. Acontece que o feto registra as reações positivas como uma aceitação e as reações negativas como rejeição.

Depois, sua existência será revelada a outras pessoas importantes: o pai, os irmãos, caso já os tenha, os avós, os familiares e outras relações importantes para a mãe. E vai recebendo um misto de reações externas que internamente criarão referências sobre si.
Quando somos bebês e crianças, somos extremamente dependentes dos outros, e crescemos acreditando naquilo que é dito a nosso respeito.

Imagino que você que está lendo já deve estar se lembrando das coisas que sua mãe disse a respeito de sua gestação e infância, né?

Mas, quando adultos, é nossa responsabilidade mudar isso.

A autoestima pode ser construída com o autoconhecimento, a compreensão de nossa história, compreendendo inclusive que mesmo diante de sentimentos e emoções conflituosos que podem ter criado uma imagem negativa de nós mesmos e uma dificuldade em sentir carinho, afeto, respeito e admiração por si próprio, isso pode ser praticado olhando-se para algo que vai além de nossa própria história.

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Somos seres limitados em consciência, porém em evolução. As pessoas que formaram a base de nossa educação também.

Olhar com gratidão e carinho para eles pelo que puderam fazer para que chegássemos até aqui e pudéssemos tomar as rédeas de nossa vida e escrever uma história a partir de um olhar mais amoroso para nós mesmos e consequentemente para as novas gerações já é um ponto decisivo para transformar esses sentimentos.

Olhar para a grandeza do Universo, para a força da vida, para todos os movimentos que acontecem ao nosso redor e que fazem com que a vida siga seu curso, abrindo cada vez mais possibilidades de escrevermos uma nova história, repleta de amor, tanto para os que nos rodeiam quanto para nós mesmos, cultivando assim a tão almejada autoestima.

Sobre o autor

Carla Bettin

Área de atuação e prática: reprogramação mental, ressignificando crenças limitantes, identificando suas origens dentro do sistema familiar.

Acompanhamento gestacional para casais que tenham a intenção de uma gestação e parto mais consciente e humanizado.

Análise da tabela familiar, observando padrões repetitivos.

Constelação familiar.

Disponível para palestras, cursos, retiros, atendimentos em grupo e individual.

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