A inconstância é tida como perfeita para o cético e torturante para o emocional. O grande erro é supor que tudo pode ser resolvido e possui uma solução em curto prazo.
Quão longa é a noite para aquele que sofre de ansiedade? Quão longo é o desespero para o jovem que percebeu que curto é seu sonho de vida?
É tida como nula qualquer possibilidade de desculpa para a miséria do mundo. Como escreveu Schopenhauer: “Cada desgraça particular parece, é certa, uma exceção, mas a desgraça geral é a regra”.
A vida humana ocorre de forma inconsistente como fruto do acaso e uma bagunça sem fim. Achamos que um momento de felicidade é algo curto e quase impossível. Pois bem, esclarecer-vos a este respeito: nada é correto e não existe o amanhã.
A vida é um completo absurdo. Não sabemos sobre nada. Malditos aqueles que pensam que sim! Como disse Rick, protagonista de uma série animada: “Eu não tinha nenhum controle da situação, talvez eu odeie a mim mesmo”. Assim é vida do homem, e assim são seus amores.
O homem que ama é como um cavalo manco participando de uma corrida: faz-se presente apenas para ver sua miserabilidade e se afogar em sua tristeza. Como expressou T.S Eliot sobre homem: “Nós somos os homens ocos, nós somos empalhados apoiados uns aos outros, a cabeça cheia de palha. Ai de nós!”. Nada poderá nos salvar, por isso, parafraseando novamente Schopenhauer: “Se a nossa existência não tem por fim imediato a dor, pode dizer-se que não tem razão alguma para ser no mundo. Porque é absurdo admitir que a dor sem fim, que nasce da miséria inerente à vida e enche o mundo, seja apenas puro acidente, e não o próprio fim”.
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No final de tudo, substitua todo seu sofrimento e seu estado de desgraça por uma bela bebida, como indica a própria Bíblia, em Provérbios 31:6: “Dá licor ao moribundo e vinho aos amargurados”. No fim de tudo, ai de nós!