Beleza Natural Filosofia

Beleza

Imagem de um passarinho e um campo verde com flores vermelhas
satyatiwari de pixabay / Canva
Escrito por Luis Lemos

A natureza nos proporciona beleza em todas as estações do ano — as flores perfumadas da primavera; as folhas douradas do outono; o maravilhoso Sol do verão; e as nevadas do inverno. A vida humana é, com frequência, comparada às estações do ano. Cada um dos ciclos da vida tem os seus encantos, a sua grandeza, os seus anseios, os seus perigos, as suas vicissitudes e o seu desfecho final.

Para o filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804), a beleza resulta da concordância harmoniosa entre uma forma sensível, imaginada para exprimir uma ideia, e uma ideia concebida para ser expressa por uma forma. Ou seja, a beleza é o que satisfaz o voo livre da imaginação, no entanto, sem estar em desacordo com a realidade em si. Quando o ser humano consegue distinguir o real do imaginário, ele consegue capitar o real sentido da beleza.

Antigamente, cabia ao homem, precipuamente, a manutenção da família, provendo-a de tudo quanto viesse a necessitar, a fim de assegurar aos seus dependentes o máximo de conforto e de bem-estar compatíveis com as suas condições econômicas. Mais ainda, ao homem cabia defender, proteger e procurar alimentos para a fêmea e seus filhos. Por que essa característica tipicamente masculina não vale para os dias atuais? Mais atenção! Hoje, praticamente, em todo o mundo, o homem e a mulher se encontram equiparados e identificados, sob todos os aspectos, na vida em comum.

Da mesma forma, antigamente, cabia à mulher, precipuamente, o desempenho dos serviços domésticos, cuidar dos filhos e educá-los, zelar pela casa e criar um ambiente agradável no lar, para que todos os da família nele encontrassem conforto e bem-estar. Mais ainda, à mulher cabia submeter-se ao homem, zelar pelos filhos, amamentá-los e deles não se afastar. Por que essa característica tipicamente feminina não vale para os dias atuais? Mais atenção! Hoje, praticamente, em todo o mundo, o homem e a mulher se encontram equiparados e identificados, sob todos os aspectos, na vida em comum.

Por outro lado, os filósofos, particularmente os estoicos, enfrentam, com ânimo e coragem, a velhice e a morte próxima, sem perder a serenidade, com resignação e força, dando, com isso, demonstração de sua superioridade espiritual. Os fracos e pusilânimes, ao envelhecer e ao sentir que não têm muito tempo de vida, ficam alarmados e apavorados, incapazes de reagir e aceitar, com resignação, o destino comum a todos. Como diz aquele ditado popular: “A única coisa certa nesta viva é a morte”, então, encaremo-la com altivez!

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Por fim, segundo os antigos, há cinco coisas belas na vida, que o homem deveria apreciar devidamente: uma bela amizade, um belo pôr do sol, um belo inverno, uma bela velhice e uma bela morte. Saber viver é a ciência da adaptação ao meio, de acordo com a idade, as condições psicofísicas e a situação familiar, econômica e profissional.

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

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