Autoconhecimento Psicologia Sagrado Feminino

Boas garotas não abrem as pernas – Womanspreading

Escrito por Pat Cuocolo

Outro dia vi um vídeo do PlayGroundBr no Facebook que me causou furor!

Dizia:

“Entre as pernas da mulher se esconde algo poderoso… A vagina. Tão poderoso que até o século XIX não tinha permissão para tocar violoncelo!”

Fiquei sabendo também que não era permitido tocar flauta e nenhum instrumento de sopro, pois era indigno e inapropriado para uma dama. O único instrumento apropriado era o piano, que possibilitava a postura do recato. Hum, imagina quantas fantasias poderíamos suscitar se puséssemos um instrumento na boca ou abríssemos as pernas para tocar violoncelo?

A era vitoriana não permitia. Podiam perder o controle e o domínio sobre nós! Então, boca fechada e pernas fechadas! Era necessário manter a ordem. Para isso, precisavam nos manter caladas, com o menor grau possível de movimentos corporais. Porque se colocássemos os nossos pensamentos a andar, o que aconteceria?

Amputadas de nosso maior poder, o movimento, fomos amordaçadas de alma e corpo, e a nossa palavra e ação, subjugadas. Você já percebeu como é fácil desistir dos seus sonhos? Como somos capturadas por valores que nos fragmentam, nos dividem? Como somos cruéis com o nosso corpo? Quantas vezes o excluímos e rejeitamos?

Mulheres como Isadora Duncan são ícones da revolução mais importante feminina: a libertação do corpo. Precursora da dança moderna, ela propôs uma dança livre de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se com trajes esvoaçantes, cabelos soltos e pés descalços.

Na minha visão, a maior cura feminina está em tornar carne os nossos pensamentos impalpáveis. Trazer para o corpo, para a nossa expressão tudo aquilo que é repressão. Na minha visão, a raiva feminina que muitas vezes nos deixa cegas até o ponto de destruirmos relações, tem essa origem: a repressão da expressão que não pode se tornar carne.

Mulheres, sejam testemunhas de outras mulheres! Que possamos encorajar umas às outras a materializarmos as nossas palavras, sonhos, fantasias, a tocarmos os nossos corpos sem medo, a descobrirmos as nossas zonas de prazer e os nossos movimentos criativos no mundo.

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O sexo feminino sempre foi visto como uma fonte escondida e misteriosa pelo patriarcado e isso ficou profundamente arraigado no inconsciente coletivo de todos nós, mulheres e homens. Permita-se lambuzar de prazer seja ele de qual natureza for. O prazer está batendo à sua porta. Deixe-o entrar.

Sobre o autor

Pat Cuocolo

Sou Pat Cuocolo, especialista em facilitar processos de aprofundamento da consciência. Tenho por missão conectar uma tribo de mulheres e homens que tem no autoconhecimento sua base para modelar um estado mais desperto de existir. Gosto de trabalhar com pessoas que buscam empreender a si mesmas, que topam o desafio de ir além dos papéis atuados no dia a dia para encontrar seu eu mais autêntico. Repensar valores e poder viver as minhas diversidades com inteireza é parte integrante da minha busca e atuação.
Idealizadora do Mulheres Despertas, um movimento que inspira mulheres a se reconhecerem, a se tornarem a sua melhor versão, conscientes do seu poder de transformar a si mesmas e o seu entorno.

#sejaasuamelhorversao | #sejaoquevocequiserser

Graduada em psicologia pela PUC/SP em 1995, tenho formação em Antroposofia, Psicologia Junguiana, Psicologia Transpessoal. No meu trabalho associo técnicas modernas de investigação pessoal a toda minha vivência e pesquisa sobre Sabedoria Ancestral.

Atualmente atuo nas seguintes iniciativas:

- Psicoterapia dirigida a homens e mulheres
- Programa Mulheres Despertas
- Facilitação de cursos, workshops e palestras
- Viagens vivenciais (no Brasil e Exterior)

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