O costume origina-se no Tibete, por volta do século XI. Foi o mestre indiano Atisha (982-1054) que transmitiu os ensinamentos aos seus discípulos de como imprimir orações e mantras sobre pedaços de tecido em blocos de madeira gravados.
Fixadas a um bambu ou mastro, as bandeiras ondulavam ao vento. Esta tradição foi grandemente disseminada no budismo tibetano. São encontradas em mosteiros, locais sagrados e até presas nos galhos das árvores.
A prática não se trata de superstições. São práticas religiosas, a impressão das orações nas bandeiras, conforme defende Dalai Lama. Assim como a nossa vida é mutável e sempre vai mudando de acordo com nosso carma acumulado, os movimentos das bandeiras também estão sempre em constância. Junto as orações impressas de maneira sagrada nelas, os seus poderes místicos são espalhados pelo ar e pelo mundo inteiro.
Cada cor simboliza uma energia, provinda de um elemento. O branco simboliza o éter, o azul a água, o verde o ar, o vermelho o fogo e o amarelo simboliza o elemento terra.
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As bandeiras podem ser facilmente encontradas em centros de budismo tibetano pelo Brasil, principalmente em Chagdud Gonpa, Odsal Ling e no Centro de Estudos Budistas Bodisatva.
Escrito por Bruno Melo da Equipe Eu Sem Fronteiras