Foi isso que descobri quando tomei consciência de que sou eu mesmo o responsável pelos meus sentimentos e pelas escolhas que tenho feito e continuarei fazendo em minha vida.
Ninguém disse que crescer e amadurecer seria fácil, mas isso só é possível a partir do momento em que fazemos escolhas, trilhamos a jornada, colhemos experiências, refletimos sobre elas e desenvolvemos o discernimento para constantemente fazermos escolhas melhores dia após dia.
Ninguém disse que realizar os nossos sonhos e o nosso propósito de vida seria fácil, mas com paciência, determinação e persistência, somos capazes de espalhar sementes continuamente e aguardar que prosperem e germinem, trazendo muitos frutos ao longo da jornada.
Ninguém disse que viver em sociedade seria fácil, mas a convivência com quaisquer pessoas pode se tornar mais harmoniosa se fizermos a nossa parte para que tudo flua em paz e utilizemos sabiamente os atritos para apaziguar os ânimos e tirarmos dessa situação um aprendizado de valor. Muitas vezes o aprendizado de valor é cultivar o silêncio.
Ninguém disse que lidar com nossos próprios sentimentos seria fácil, mas a evolução se dá a partir do momento em que tomamos consciência de quem somos e de como transformar as sensações desagradáveis em valorosos aprendizados, para que melhor convivamos conosco mesmos. Afinal, você conviverá consigo e com seu corpo ao longo de toda a vida. Se você não se gostar, se não se amar, se não realizar ações para elevar a sua autoestima, não espere que outra pessoa faça isso por você.
Por vezes nos colocamos no papel de vítimas, acreditando que o outro é capaz de nos fazer felizes e depositamos no outro as condições dessa felicidade. Então passamos a cobrar o outro por não realizar ações contínuas para nos surpreender, para nos elogiar, para nos convidar para sair, para nos amar. Assim cultivamos o ciúmes e passamos a controlar as ações do outro, para que correspondam às nossas expectativas e realize somente aquilo que nós queremos e que nos faz sentir bem ou superiores.
Devemos ser conscientes de que é nosso papel e responsabilidade realizar ações contínuas para a nossa própria evolução. Isso se dá através do autoconhecimento e lapidação pessoal.
Fazemos muitas vezes o papel de aconselhadores dos outros quando nem ao menos temos conseguido exercer o domínio dos nossos próprios pensamentos, emoções e ações. Somente podemos auxiliar o outro a identificar novos e melhores caminhos se primeiro soubermos encontrar a nossa própria direção.
É quando trilhamos o caminho que passamos a conhecer as pedras.
E não é porque determinadas pedras aparecerão em nosso caminho que serão as mesmas pedras no caminho do outro. Respeitar as decisões do outro e deixar que siga o próprio caminho pode ser o aprendizado que nós precisamos ter. Pois, por vezes, queremos tanto o bem do outro que acabamos interferindo em seu aprendizado e impedindo que amadureça, conquistando suas próprias experiências.
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Sejamos luz em nosso próprio caminho primeiro. Cultivemos primeiro a nossa própria luz, para que, ao iluminar nossa própria direção, possamos contribuir indiretamente para iluminar a direção do outro como um farol. A melhor forma de ensinar é ser exemplo. E ser exemplo é o desafio de todos nós.
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