Olá, amigos do Eu sem Fronteiras. É um prazer estar aqui escrevendo para o site que tanto contribuiu com conhecimentos para a nossa evolução.
Hoje vou falar sobre casamento, não aquele casamento de conto de fadas que todo mundo sonha, de uma princesa com um príncipe num castelo encantado… Vou falar sobre o casamento real, sobre a quebra de idealizações.
Desde criança, em nossa sociedade, somos “cobrados” por diversas decisões que “temos que” tomar, e uma delas é o casamento. Já quero de início dizer que não TEMOS QUE NADA! A vida é nossa, as escolhas são nossas e as consequências também. Portanto, não devemos fazer escolhas e tomar decisões que não sejam valores para nós, apenas para agradar ao outro, aos pais ou a sociedade.
O casamento não é um mar de rosas. Me desculpem as noivas que imaginam que a vida a dois será perfeita e que a felicidade está garantida agora que conseguiu o tão sonhado casamento. Não está. Aliás, enquanto não aprendermos que a felicidade está dentro de nós, independentemente de onde e com quem estivermos, vamos sofrer.
Casamento é luta diária, muitas vezes é trabalhoso, frustrante, outras vezes é maravilhoso e gratificante.
No início, as coisas são geralmente ótimas! Ainda estamos na fase do “me engana que eu gosto” e tudo é lindo e cheio de cores. O tempo passa e os pares aos poucos não conseguem mais manter as máscaras da aparência e começam a se mostrar como realmente são. E isso desagrada. E isso nos faz sofrer. E por quê?
Porque nos iludimos, porque achamos que o outro vai tapar o buraco que temos em nós, que o outro vai resolver todos os nossos complexos, as nossas frustrações, as nossas infelicidades. E jogamos no outro a responsabilidade que é nossa.
Sofremos porque exigimos que o outro seja exatamente como gostaríamos que ele fosse, porque fingimos ver o que há dentro dele na esperança de que sejam só coisas boas. Sofremos porque idealizamos o outro e o casamento e porque idealizamos a nós mesmos. Sofremos porque muitas vezes somos crianças birrentas que fazem bico quando as coisas não são como realmente queremos.
O casamento é uma união de crescimento que, se trabalhada e investida de amor verdadeiro, focado no que o outro realmente é, tem tudo para dar certo. Dividir o mesmo teto é dividir os dias ruins, as doenças, as dores da vida, as tristezas e decepções. Mas também é dividir as alegrias, os dias bons, as saúdes e conquistas da vida. Há dias que são mais fáceis, outros mais trabalhosos, mas, se houver amor, tudo vale a pena.
Nosso cônjuge é um dos grandes mestres no caminho da evolução. Saber aceitar o outro, respeitar, saber ouvir um não e também dizer, saber calar sem mágoas, falar sem agressividade, tudo isso pode ser aprendido nesta relação. E, se os dois estiverem dispostos, a vida pode ser muito boa e feliz.
Você também pode gostar
Se você é casado(a), reavalie seu casamento. Perceba se está focado no amor verdadeiro ou se está apenas num sistema de trocas. Decida amar. Se você ainda não se casou, aproveite para ir tirando o véu que colocou em seu parceiro(a) e enxergue-o(a) como realmente é. Não minta pra si mesmo para não sofrer depois. Ame o real que é garantia de paz e amor, fuja do ilusório que é garantia de sofrimento e dor.
Um grande beijo no coração de cada um e até a próxima!