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A esteatose hepática alcoólica é uma doença em consequência da quantidade exagerada de bebidas alcoólicas no organismo. Já a esteatose não alcoólica pode ser causada por diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo.
Pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides e obesidade abdominal também podem evoluir para o surgimento de gordura no fígado. Caso não sejam controlados os fatores de risco, a esteatose pode evoluir para esteopatite, o que pode acarretar doenças graves como cirrose e câncer.
Em grande parte, a doença está diretamente ligada a hábitos alimentares e de vida pouco saudáveis – como, por exemplo, o consumo exagerado de gordura e carboidratos, a falta de prática de atividades físicas, desnutrição causada pela carência de proteínas na alimentação, entre outros fatores.
Algumas pessoas podem desenvolver a esteatose em eventos como pós-operatórios, ou até mesmo pelo consumo excessivo de medicamentos como betametasona, ciclesonida, glicocorticoides, estrogênios, tamoxifeno ou amiodarona. Normalmente não aparecem sintomas, muitas vezes o diagnóstico surge durante exames de rotina. Quando não tratada em fase inicial, a esteatose hepática pode apresentar má digestão, cansaço frequente, perda de apetite e inchaço na barriga.
Para evitar o desenvolvimento dessa doença, é importante mudar os hábitos alimentares e, principalmente, investir em ações mais saudáveis para o dia a dia. O passo mais importante para salvar o fígado é a dieta. Inclua frutas e vegetais nas refeições e evite o consumo exagerado de açúcares e carboidratos.
A recomendação da professora Helma Pinchemel Cotrim, titular de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e líder de pesquisas relacionadas à doença na universidade, é que todos os pacientes reduzam em até 7% a gordura do corpo.
Para isso, devem investir em alimentos ricos em colina e betaína (como beterraba, espinafre, ovo e soja), fontes de fibras (como cereais, hortaliças, leguminosas como feijões, lentilha, grão-de-bico). Todos esses alimentos são facilmente encontrados e podem ser incluídos aos poucos na alimentação.
Além disso, é importante unir a dieta à prática de atividades físicas, para ajudar manter o corpo saudável. Uma excelente dica é realizar caminhadas diariamente. Mas vale ressaltar que é preciso passar por uma avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade. Uma boa alimentação e a prática de exercícios podem ser decisivas na redução e controle da esteatose, ou mesmo evitar que ela se desenvolva. Mas, acima de tudo, são a chave para que qualquer pessoa tenha mais qualidade de vida.