CAPÍTULO 56 – FAÇA FEIJÃO COM ARROZ…COM AMOR!
Não se trata da superficialidade de mensagens publicitárias para vender aditivos químicos na comida para lhes realçar o sabor que, mais tarde, serão um horror para o sistema gástrico. Não se trata, também, de mais um exercício minimalista de um fenômeno que vem sendo mais e mais desaprendido pela maioria das pessoas. O que se defende aqui é algo poderoso, fortemente impactante na construção e manutenção de relacionamentos entre as pessoas.
Fazer feijão com arroz não requer habilidades mais que corriqueiras e amar não exige mais que a vontade emocional e a entrega irrestrita. Fazer das coisas simples uma enorme diferença para a sensibilidade das pessoas é uma delicada oportunidade para provar o quanto elas são importantes para nós e, em nome disso, é que colocamos nossa amorosidade no que estejamos fazendo PARA e POR elas.
Fará diferença sim, acredite, se o(a) caro(a) leitor(a) “temperar” suas ações com a transferência para elas dos seus melhores sentimentos: alegria em servir, paixão por ser útil, gratidão pela oportunidade de ser a ajuda de que a pessoa necessita (tudo isso junto, é AMOR!).
Eu sinto essa diferença muitas vezes em minha vida e de forma muito simples. Não HÁ nenhuma cientificidade no que venho colhendo sucessivas vezes, mas há um forte sentimento de aprendizado mesclado com uma sensação como “isso faz valer a pena viver”. E sou apenas espectador dessa ação de aprendizado… fico imaginando se sou protagonista…
Na efervescência dos prontos-socorros da rede pública , onde parece faltar tudo e sobrar, na mesma proporção, um longo desfiar de dores e sentimentos, noto o comportamento de alguns profissionais lá presentes, aos quais pouco valor se dá, infelizmente: os homens e mulheres da segurança, a quem compete administrar o afluxo dos pacientes que chegam aos borbotões.
Os médicos e pessoal de apoio clínico entram em ação DEPOIS desses profissionais, foi o que percebi, e passei a prestar atenção… e como aprendi! Perguntei às pessoas que eram atendidas pelos referidos profissionais e de muitas delas ouvi (não tenho comprovar, muito menos estatísticas a respeito, o que em nada diminui a minha convicção) a afirmativa de que a “amorosidade com que eram atendidas diminuía mais rapidamente o sofrimento do que durante os poucos minutos em que eram atendidas pelos apressados e exaustos médicos!”.
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O que o pessoal da Segurança fazia – e certamente faz e ainda, é claro, faz! – é ser solidário e amável com quem sofria, portanto, um ato de amor praticado numa ação rotineira de atendimento.
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