Capítulo 16 – ASSIMILE AS PEQUENAS INGRATIDÕES!
São ingratidões, mas são pequenas, então por que tanta aflição com elas? As grandes ingratidões de fato avassalam a alma dos atingidos, mas é importante que as pessoas sejam ajudadas quando, diante das ingratidões miúdas, seus interlocutores, você especificamente, caro(a) leitor(a), manifestem grandes atitudes: assimilar, não se deixar contaminar, nem que os líquidos internos azedem e que as células pipoquem em raivas justas mas desnecessárias.
[adReleve. Siga adiante. Proteja-se das pequenas ingratidões não lhes propiciando energia demais, sempre valiosa em outras aplicações. Para que apagar um foguinho com uma taça de fino champanhe? Se, sobre ele, alguém atirar líquido inflamável, certo é que de foguinho ele passará para o estado de um incêndio incontrolável, o que vale sustentar, guardadas as devidas proporções e com um pouquinho de piedade pelos exageros. O que importa é que não se gaste preciosidades com as ninharias da vida, muito menos se alimentem chamas que melhor ficariam se extintas.
As pequenas ingratidões quando ignoradas por quem delas tenha sido alvo, mais cedo ou mais tarde farão alguma diferença na vida de quem as manifestou e essa pessoa terá uma chance muito razoável de aprender e mudar algumas das suas atitudes e comportamento.
Ah… sim… quase esqueci! Não é que tem gente que não é grata à própria mãe? Então, não deve ser muito difícil entender certas cabecinhas e as suas usinas de ingratidões, não é verdade?
Um jovem universitário notabilizava-se pela capacidade quase infinita de ajudar, de ser prestativo e por ceder seu conhecimento com generosidade. Nos trabalhos em grupo, ele era o grupo, porque assumia a responsabilidade da pesquisa e elaboração do conteúdo, enquanto seus colegas de turma apenas assinavam o trabalho e recebiam as altas notas. E assim foi, durante uns três anos, até que chegou a vez dele de ser ajudado, porque ficou imobilizado em casa, como consequência de uma fratura numa das pernas.
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Diversas vezes ele pediu aos colegas que lhe levassem os livros designados pelos professores, para que pudesse elaborar os trabalhos e… diversas vezes se deparou com a fria indiferença dos colegas, tendo ele mesmo, com enormes sacrifícios, que suportar a missão de pesquisar na biblioteca central da cidade. O último ano da universidade transcorreu e, na cerimônia de colação de grau, no auditório onde a cerimônia seria realizada, eis que, abaixo do “banner” com a identificação da universidade e da turma que fechava naquele dia o seu bacharelado, todos viram uma faixa pregada por não se sabia quem, com a frase: “Que bem lhes fiz para merecer tanta ingratidão? Sócrates”.
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