Capítulo 8 – SEJA PONTUAL!
Forçoso admitir: pontualidade não é virtude e sim uma obrigação social e profissional das mais elementares e ninguém deve ser elogiado por praticar a pontualidade.
Contudo, a pontualidade não é uma das marcas características da cultura brasileira, e isso não é bom. Um dado curioso é que a impontualidade chega a ser vista como um charme naquele que sabe que anda começa sem que ele chegue, daí a sua sensação de poder, ou o folclore da noiva atrasar-se para a cerimônia. Mas tudo isso é apenas uma grande bobagem e o que vale, mesmo, é a absoluta pontualidade.
Se você comparece diante da pessoa com que marcou um compromisso na hora exata, sem que ela tenha que ficar esperando ou mesmo em conjecturas se você chegará ou não, certamente “ganhará pontos” com ela e conquistará seu apreço.
Além disso, a pessoa se sente prestigiada, com importância reconhecida e estes sentimentos são muito saborosos para quem os experimente… e você estará fazendo a diferença!
Com as facilidades da telefonia celular móvel, não há desculpas para pelo menos avisar haverá a possibilidade de algum atraso, em face de trânsito, condições climáticas e demais perturbações da boa fluidez do dia e seus compromissos.
Uma historinha que li há muito tempo numas das sessões da publicação Seleções do Reader’s Digest e que talvez tenha sido de grande ajuda na formação da aminha atitude sempre pontual: todos os dias, exatamente às 07:00 da manhã, o senhor de bengala escura com o castão dourado postava-se na esquina de duas ruas do centro da cidade, tirava seu relógio do bolso do colete, abria-o, dava uma olhada no relógio da torre de uma igreja, guardava-o de volta e, dando um giro com a bengala no ar, em torno de uma eixo imaginário que nascia do seu pulso, ele atravessava a rua e desaparecia na outra esquina.
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Todo dia. Exatamente às 07:00, com qualquer tempo. Um dia, ele não apareceu na esquina… 07:10… 07:15… 07:20… e nada! Perto já das 07:30, uma pessoa mais proativa decidiu ir até a residência do senhor da bengala preta e castão dourado, que sabia onde era, duas quadras mais atrás da esquina em que ele conferia a hora, e o encontrou caído logo na entrada e, levado para um hospital, houve tempo para combater um enfarto. Duas semanas depois, já em casa e recuperado do susto, o senhor da bengala preta e castão dourado, apertando a mão do seu salvador, deu-lhe o relógio de algibeira.
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