Algo tão trivial como agradecer, elementar e simples, muito simples, deveria ser parte do nosso comportamento como piscar os olhos, mas lamentavelmente não é! Muitas pessoas são incapazes de balbuciar um “Obrigado!” seguido de algo que lhe tenha sido ofertado ou diante de uma manifestação elementar como passar à frente no elevador, por cessão de vez da parte de uma pessoa que pratica as boas maneiras. Não poucas, perdão ao (à) leitor (a) a crueza da expressão, quando muito, rosnam algo que poderia ser traduzido como “Obrigado!”, enquanto muitas e muitas pessoas se fecham num silêncio emoldurado por uma expressão fria quando deveriam agradecer, até veementemente, uma gentileza recebida.
Há quem diga que esse comportamento é fruto de falhas na educação social desde os tempos das calças curtas e dos vestidinhos rodados, enquanto outras pessoas, com veias críticas mais pulsantes, definem o não agradecer como o traço de uma amargura interna, de um imenso vazio de razões para achar beleza na vida. E há ainda muita gente que simplifica a explicação, afirmando que o não agradecer é apenas grosseria de cavalgaduras sociais!
O fato é que a falta de um simples “Obrigado!” pode magoar as pessoas, das mais simples às mais sofisticadas, num momento, digamos, democrático de sensação de desprezo e não há quem saia dessa experiência com muita vontade de amar ternamente àquele ou àquela que se esqueceu de lhe agradecer.
Agradeça com voz firme, procurando nela deixar claro o ato de reconhecimento da importância do outro e do que foi feito por você, porque – você jamais saberá! – pode ser que seja tudo que a pessoa quer perceber na outra: o reconhecimento de seu valor.
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Antigamente, lá pelos anos 1950, ou antes, os avós e pais dos pequerruchos contavam-lhes a lenda do Rabudo e o seu Saco Horroroso, o qual, dizia a lenda, era feito com a pele dos meninos e meninas mal-educados e que se esqueciam de agradecer na hora e na forma corretas. A lenda dizia ainda que o Rabudo (ou o Narigudo, já não me lembro bem…) ia juntando os agradecimentos que eram esquecidos pela gurizada e, quando eles chegavam a somar dez, arrancavam, no meio da madrugada, um pedacinho da pele do desditoso moleque e a acrescentava ao saco em que um dia seria jogado por ser tão mal educado! E, como todo menino e menina sempre estão com pele soltando por causa das esfoladuras, arranhões, tropicões e demais, era fácil educar as crianças!
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