Capítulo 45 – SEJA UMA PESSOA AGLUTINADORA!
Há tantas pessoas que se comportam como o Túlio Detritus, personagem da série “Asterix, o Gaulês”, um especialista em espalhar a cizânia e a desagregação das relações entre as pessoas, que é melhor que ele, o Detritus, não venha a ser modelo de comportamento nos dias atuais.
À época da história em quadrinhos, na Gália que antecedeu a civilização francesa, o Tulio Detritus felizmente perdia a guerra contra os gauleses, mas espalhava um enorme estrago entre as pessoas. Ficção, mas nem por isso menos cruel, o relato das façanhas do Túlio Detritus sempre fascinou os apreciadores de histórias em quadrinhos, com crescente legião de fãs nos desenhos animados da modernidade.
Fazer a diferença é, também, ajudar a que não vicejem as sementes da discórdia e do desalinhamento emocional entre as pessoas, que são a matéria com que se alimentam os muito pobres de espírito, almas encardidas e mentes laceradas por merecidos sofrimentos e que, não obstante qualquer tentativa dos bem intencionados em lhes ajudar a calar-se, insistem em agir dividindo as pessoas, entre elas despejando a corrosão dos atos que desaglutinam.
Você fará uma ENORME diferença se atuar sempre como agente catalizador da amizade e dos bons sentimentos entre as pessoas que têm a sorte em tê-lo(a) como parente, colega, amigo(a) ou parceiro(a) afetivo! Será uma diferença para criar permanências saborosas nas conexões relacionais, porque atuará como alento para a busca do entendimento e cimento para as relações construídas entre as pessoas.
Conheço uma bela história sobre a ação devastadora da cizânia, da atitude desaglutinadora que, iniciada por um comentário que destruiu um amor que nascia, felizmente finalizou muito bem 30 anos depois. Ela, uma mocinha que amava um belo rapaz, que certa vez lhe beijou a cabeça sem que ela esperasse, sem saber ele também que estaria entrando naquela cabeça para sempre, se deixou contaminar para uma daquelas “fofocas” próprias das fases menos maduras de idade, segundo a qual o apaixonado de então andava aos beijos e abraços com uma outra moça.
Foi o suficiente para que ela terminasse o namoro e não mais dirigisse a palavra ao rapaz e assim permaneceu durante 30 anos, espaço de tempo em que casou, descasou, essas coisas. Um dia se reencontraram e a paixão acendeu mais rápido que o olho criminoso dos fantasmas gerados pela “fofoca” e vivem um belo e intenso amor, felizes, maduros e assumidamente adolescentes nos momentos de intimidade.
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