Vamos lá: liste dez bons motivos para sustentar a tese de que não tem cabimento dizer “Eu te amo” fora do Dia dos Namorados, por exemplo! Dez motivos são muito? Então aceitam-se três pelo menos! Muito ainda? Então, que seja UM SÓ! Meio motivo, talvez? Afora a brincadeira, eis aí uma pergunta provocativa e cuja resposta exige uma capacidade de encontrar motivos onde não existem, na mesma proporção que se procura pelos em ovo!
A rotina que as pessoas deixam que lhes ocupem a vida é como uma névoa gordurosa e sufocante que a tudo desfoca, apagando cores, inibindo aromas e deixando nada em seu lugar, apenas mais névoa. E as pessoas perdem gosto pela originalidade e não mais caminham pelas trilhas mágicas das pequenas surpresas e curvas que trazem mais mistérios e razões para arregalar os olhos de tanta alegria.
Inove as suas relações com as pessoas, surpreenda-as o quanto puder e fará uma diferença INESQUECÍVEL em suas vidas! Combata a rotina nos relacionamentos e seu peso sufocante, procurando marcar sua presença de forma inesperada e seja criativo(a) nesse fascinante processo em que as pessoas à sua volta virão a sentir-se especiais e alegres pelo inusitado da suas atitudes! E aí vale tudo: presentinho, música no telefone, flor na mesa do café, cartinha grudada na geladeira, declarações de amor escondidas dentro dos bolsos e da mala de viagem, propostas bem indecorosas, daqueles de amor tórrido (de arranhar azulejo…), bilhetinho no cockpitt do carro, telefonema de madrugada, flor na mesa e mensagens daquelas empresas especializadas, mensagens nas redes sociais, por pombo-correio, tambor, sinal de fumaça
Pequena história do Homem que Surpreendia. Era uma vez num reino que não era perto e nem longe, que tinha um rei que não reinava, cuja filha era bela como floco de neve salpicado com pó de arco-íris (se não conhece vá correndo no final de um deles e, lá bem debaixo do pote de ouro, tem pozinho de arco íris!). O rei não reinava porque nada fazia na vida a não ser suspirar e esperar a volta da deusa que o visitara certa noite, com quem gerara a bela princesa. Estava encantado o rei e condenada à solteirice a bela e pobre princesa, porque seu pai só ficava olhando para as nuvens e nela não fixava nadinha da sua atenção.
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Então apareceu o Homem que Surpreendia e que foi logo falando: “Nobre rei! Se vos surpreender sobre vossa filha, concordais que a tome como esposa?” Olhando para as nuvens, distraído, disse: “Sim!”, o apaixonado rei e o Homem que Surpreendia, tomando a princesa pela delicada mão direita, mão de se segurar enquanto espera-se o sono chegar para nele sonhar protegido e disse: “Vede, nobre rei, que a deusa com quem gerastes a vossa bela filha, ficou tão encantada com a beleza que nela deixou e que vosso amor aprimorou, que escolheu nela ficar, para amá-la e estar perto de vós, grata por tê-la fecundado com a matéria que nem as deusas dispõem, quando se trata de soprar vida em mais um corpo humano! Vossa rainha jamais vos abandonou e apenas aguardava que estivésseis pronto para reconhecê-la na filha de ambos e entregá-la para um homem capaz de superar a todos os outros e amá-la com fervor que, bem a propósito, sou eu!”