Capítulo 43 – SAIBA DIZER “NÃO!”
E, como se diz na linguagem popular, diga esse “Não!”… na “lata”, o que significa ser imediato e vigoroso(a).
É melhor correr o risco da zanga da pessoa em receber uma negativa a tentar dormir com a consciência pesada de culpas como “eu deveria ter dito que não, mas agora a vaca foi pro brejo!”. Essas situações acontecem quando a negativa é a mais sensata das respostas, como, por exemplo, um pedido de empréstimo por uma pessoa amiga que se notabiliza como perdulária, descontrolada ou até irresponsável no trato das suas finanças.
É preciso muita amorosidade para dizer um necessário “não”, muita mesmo, e isso faz uma FANTÁSTICA diferença na vida das pessoas porque, cedo ou tarde entenderão os porquês da sua negativa e serão gratas, amorosamente gratas. Se disser o “não” com propriedade e ajustamento perfeito à necessidade, certamente seu teor educativo será muito ampliado e impactará positivamente nas percepções imediatas e nas memórias futuras da pessoa que teve de ouvi-lo.
Claro, é muito mais fácil dizer “sim” para tudo. Quem age assim tem sempre uma imagem simpática, é tido como “bonzinho” e granjeia uma imensa aura de ser “gente fina”, o que pode massagear uns tantos egos, mas provocar, no futuro, uma avalanche de problemas muito sérios.
Grande diferença faz quem ama e se responsabiliza pelo outro a ponto de correr o risco de perder sua amizade e afetividade para ajudá-lo a não se perder, não é verdade? Duas referências para ilustrar o “saber dizer não”, sendo uma ficção das mais politicamente incorretas, e a outra um fato conhecido por este escriba. À primeira, pois: a personagem Veruca Salt, do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, dirigido por Tim Burton em 2005 e com Johny Depp no papel de Willy Wonka, o dono da fábrica; uma menina que nunca ouvira um “não” do seu riquíssimo e atarantado pai e que acaba sendo castigada na trama do filme, por ser antipática a mais não poder e exigindo que suas vontades fossem sempre atendidas.
A segunda referência, história real: a de uma rica, bonita, simpática, alegre e mimada filha de um poderoso industrial, que nunca ouvira um “não” daqueles bem categóricos e que supunha ter o mundo nas suas mãos, pelo menos o mundo que a cornucópia de dinheiro do pai podia comprar, até que… Habituada a dizer “não” para a legião de apaixonados que a cortejavam, muitos deles também de olho nos montes de dinheiro de que ela seria herdeira, ouviu um “não” do mais bonito e desejado rapaz da turma e entrou em choque emocional, a ponto de entrar em difícil e longa depressão, dela saindo com 40% a mais de massa corporal e os problemas físicos e emocionais decorrentes.
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