CAPÍTULO 60 – REPARE NAS TRANSFORMAÇÕES DAS OUTRAS PESSOAS!
Muitas vezes há transformações nas pessoas que derivam de enorme esforço, como aquelas impostas pelos desvãos e tropeços da Vida. Nestes momentos, tudo de que as pessoas precisam é que sejam notadas e reconhecidas… mas isso é muito raro. A impressão que se tem que é a de que, por exemplo, as pessoas devem suas fotos nos perfis das redes sociais e PROPAGAR PARA TODO MUNDO, para que sejam notadas pelo menos nas transformações superficiais, coisa que um piedoso “Photoshop” e/ou umas tintas aqui e acolá entre as centenas disponíveis no arsenal das maquiagens ajudam muito.
Mas o que as pessoas esperam é que sejam vistas como seres em transformação, emergindo de dentro si mesmas muito melhores, mais centradas e mais maduras no manejo das questões emocionais internas e externas. Fotos registram apenas o que pode ser até disfarçado ou alimenta o lado narcisista de todos nós, tanto faz, mas um olhar atento vê as novas camadas da reconstrução de atitudes, comportamentos, valores, emoções e sentimentos. E as pessoas precisam ser notadas nessas vitórias esplêndidas, para que sejam estimuladas a seguir adiante na tarefa de se reconstruírem e de fazerem o mesmo com o mundo à sua volta.
Faça uma abençoada diferença para as pessoas com quem você se relaciona ao manifestar sua alegria ao vê-las em evolução, mesmo que esta tenha ocorrido numa dimensão modesta, não importa. Deixe claro para as pessoas que você nelas repara, que você entende as diferenças de todos os dias e que até gosta das suas fotos nas redes sociais, mas que gosta IMENSAMENTE porque se mostram cada vez melhores.
Era uma vez, em plena floresta de concreto, vidro e fumaça acre – coisa de tempos modernos, portanto, não de reinos distantes encravados em montanhas mais distantes ainda –, uma moça comum que só queria ser amada, nem que fosse um tiquinho do que era capaz de amar em troca. Sem grandes belezas, casou-se cedo com um rapaz de bom coração e mãos trabalhadoras, mas que tinha o hábito de olhar atentamente para toda moça bonita nas ruas, mesmo que estivesse ao lado da esposa e, pior, nunca olhava para ela. Certo dia, a heroína deste pequeno conto resolveu seguir os conselhos de uma experiente vizinha e passou a mudar todos os dias coisinha aqui e outra ali em si: cabelos, cores do rosto, roupas, acessórios e nada de o marido reparar, muito menos comentar! Pediu mais conselhos e, na falta deles, resolveu decidir por sua conta o que faria.
Então passou a comentar todos os dias sobre os novos ângulos com os quais estava vendo o marido, que, a princípio espantado, nada dizia e ficava meio desconfiado pelos cantos, observando-se no espelho. Um dia ele reparou que havia um traço novo na sua fisionomia do qual gostou muito. Feliz, passou a admirá-lo mais e mais todos os dias, então aprendeu a ver em si aquilo que sua esposa dizia haver. E gostou do viu, aprendeu e sentiu! Quando se dispôs a agradecer à sua esposa pela descoberta que ela propiciara, naquele exato instante se deu conta de que diante de si estava a sua esposa, aquela criatura que nunca vira e que parecia envolvida por em uma névoa em um delicado dourado que sempre fora a moldura dela, mas que ele nunca vira porque nenhum esforço fizera para reparar nas mudancinhas que o levariam a enxergar através da névoa e entender seu significado.
Você também pode gostar
Continue acompanhando a série