Capítulo 13 – CHORE JUNTO!
O maior consolo é deixar chorar e não a repetida e desgastada frase “Num chora não!”, imprópria, desnecessária e inoportuna, quando mais uma pessoa precisa abrir as comportas emocionais e deixar vazar a dor interna!
Realmente, chega a ser desumano insistir que a pessoa deva parar de chorar, quando ela mais precisa do alívio do pranto! O mais sensato é deixar a pessoa diminuir as tensões internas e jogar para o mundo externo o que já lhe cabe mais no interno, ela deve ser amparada, consolada e tudo o mais, porém NUNCA IMPEDIDA DE CHORAR!
Chore junto sim, não tenha vergonha ou suponha fraquezas em si! Felizmente, todos os seres humanos carregam consigo os repertórios emocionais e as permissões para usá-los quando, onde e como quiserem, e nada proíbe chorar junto do outro, mesmo que a dor seja só dele! Este é um ato de compaixão, de imensa solidariedade, que nos faz dignos da nossa condição humana!
Chorar junto faz uma ENORME diferença nas pessoas!
Conheci uma pessoa que trabalhava como profissional e como voluntária em hospitais, nos quais acompanhava as pessoas em estado terminal e seus parentes, naquelas horas terríveis de dor e sofrimento. Seu papel principal era o de ajudar a suportar o inevitável da passagem para o mundo espiritual, de modo a atenuar o sofrimento, trazendo-o para o nível do pelo menos suportável, seja o acamado, seja para seus parentes e amigos que o assistiam.
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O que me chamou a atenção e comoveu muito foi saber que, embora psicóloga clínica preparada e experiente, inclusive com sólida e extensa formação acadêmica, ela chorava junto com os assistidos! Incapaz de analisar esse momento, posso pelo menos supor que esse chorar junto era a fonte onde todos encontrariam refúgio, conforto e a sensação de dor menos pesada, aliviada.
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