Quando falamos sobre alimentação, uma das preocupações que mais encontramos em relação à saúde é sobre a consequência de ter o hábito de comer alimentos que passaram por muitos agrotóxicos nas grandes plantações. A solução para esse problema seria o cultivo do próprio alimento que consumimos. O que dificulta é conseguirmos produzir todos os tipos de legumes, frutas e verduras necessários para uma alimentação saudável. Foi pensando nesse problema que surgiu o conceito de horta comunitária.
Um bairro da cidade de Genebra, na Suíça, a Avenida Crozet, tem dado o exemplo de como essa ideia pode funcionar. Cada família que participa da horta comunitária se compromete a plantar algum alimento em sua horta de casa, e cada casa planta um tipo de alimento diferente. Dessa forma, todos que plantam podem usufruir das plantações dos seus vizinhos sem pagar nada, desde que também contribuam com os seus alimentos.
As hortas urbanas começaram a aparecer no século XIX, na Europa. O percursor dessa ideia foi o físico alemão Moritz Schreber. Ele defendia a ideia de que as cidades precisavam de mais áreas verdes para o lazer das pessoas e também incentivava a troca de alimentos produzidos por cada um.
Hoje, dois séculos depois, os países da Europa continuam sendo os que estão mais a frente nessa prática. Na Suíça, estima-se que existam cerca de 50 mil hectares de hortas urbanas plantadas. Na Rússia, 72% das famílias que moram em áreas urbanas têm o costume de ter uma horta própria. E na Alemanha, somente na cidade de Berlim, há uma estimativa de que existam 80 mil pessoas com hortas urbanas em suas casas.
Aqui no Brasil, vemos muitas pessoas utilizarem seus jardins para ter uma pequena horta em casa. Principalmente com ervas. Mas o que falta ainda é o incentivo para que haja troca de alimentos entre as pessoas. Se você costuma plantar alimentos em sua casa, experimente ir a uma feira orgânica em seu bairro ou cidade. Lá, você poderá encontrar pessoas que tenham interesse em começar uma horta orgânica.
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E, quem sabe, poderemos aos poucos incentivar essa prática sustentável e que ajuda a nos trazer alimentos naturais de ótima qualidade!
Texto escrito por Ricardo Sturk da Equipe Eu Sem Fronteiras