Nascemos, crescemos e ouvimos sempre que devemos nos planejar, ter objetivos, galgar cada um deles e conquistá-los para vivermos uma vida de plena satisfação e felicidade. Mas ninguém quase nunca fala sobre as intempéries que surgem durante a jornada, não é mesmo?
Durante o percurso para alcançarmos a tão almejada felicidade e a conquista dos sonhos, nos sentimos desanimados, desistimos, reescrevemos novos objetivos e assim atuamos em novos palcos. Assim surgem novos cenários, enredos e personagens que nos impulsionam ou não para a linha de chegada.
Mesmo quando atingirmos a meta, não é o final.
Novas ideias surgem, graças à conhecida experiência que adquirimos e o conhecimento que são como nutrientes para que nossas raízes se tornem fortes e que possamos gerar os frutos mais saborosos permitindo que outras pessoas desfrutem dele também.
Já foi-se a época em que “azul é cor de menino, rosa é cor de menina”, “preto e branco”; tudo a todo momento está mudando: os recursos naturais, as tecnologias, a acessibilidade a novos conhecimentos e assim consequentemente nós, seres humanos pensantes. A tal metamorfose ambulante nunca foi tão verdade nesses tempos…
Hoje queremos ser cinza e não somente mais preto ou branco. O rosa e o azul já estão ultrapassados, descobrimos que existe uma infinidade de cores mais: marrom, laranja, amarelo, vermelho, grafite, anil, magenta. Uma loucura boa.
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Grande parte de nós, metamorfoses ambulantes, não seguimos mais a grande massa. Estamos criando um colapso em todas as esferas e sistemas. A linha reta está acabando, porque descobrimos muitas mais. Ainda que exista gente que prefira a linha reta, não pensar, não questionar, essas pessoas estão se tornando a minoria.
Mesmo diante do medo, da incerteza e da dor — que em algum momento vai pegar a gente de jeito, querendo ou não — estamos nos permitindo viver.
Nada além de sermos de fato humanos…
Texto escrito por Bruno da Silva Melo da Equipe Eu Sem Fronteiras