Vegetarianismo: por onde começar?
O vegetarianismo é um tipo de dieta que ganha mais adeptos a cada dia. Esse tipo de alimentação consiste em cortar todas as carnes do seu cardápio (incluindo as carnes de frango e peixe). Mas esse tipo de adaptação pode ser muito difícil para algumas pessoas que comem carnes todos os dias e estão realmente acostumadas a consumi-las.
Além disso, é preciso prestar atenção, também, em não somente excluir esses itens da sua lista do supermercado como, também, suprir os nutrientes com outros alimentos, uma vez que você estará deixando de comer fontes importantes de proteína, vitaminas e aminoácidos.
Mas, apesar desses detalhes, entrar no mundo do vegetarianismo não é tão complicado. Abaixo, você encontra algumas dicas para começar a excluir as carnes da sua dieta de forma saudável e prazerosa! Afinal, essa mudança não precisa ser traumática. Confira:
1. Se você quiser, comece com calma
Às vezes, é realmente muito difícil se desvincular de velhos hábitos. Inclusive um que seja presente na sua vida desde que você era criança, como comer carne. Então, você não precisa mudar da noite para o dia, se assim não quiser.
Há alguns movimentos na internet de pessoas que se tornam vegetarianas, mas continuam comendo carne de vez em quando, ou pessoas vegetarianas durante os dias úteis da semana (ou seja, de segunda à sexta-feira) que nos finais de semana se permitem comer o que quiserem.
Talvez essas pessoas continuem nesse ritmo para sempre – de comer carne esporadicamente – ou, quem sabe, consigam realmente cessar o consumo. Isso vai de pessoa para pessoa, mas, de qualquer forma, é uma boa forma de começar.
2. Preocupe-se com a sua saúde
Ser vegetariano não significa simplesmente parar de comer carne. Na verdade, significa parar de comer carne porque você a substituiu por outras fontes de nutrientes que sejam naturais, como legumes e grãos, por exemplo.
Então, é muito importante que não pare de comer carne e continue seguindo sua alimentação normalmente. Ao contrário! É preciso procurar um nutricionista para que ele te oriente, de acordo com a sua rotina e vida, a como substituir esses alimentos de maneira adequada.
Afinal, se você tiver déficit de proteína e outros nutrientes no corpo, pode ficar realmente muito doente. E, então, o que era para ser uma mudança de vida para o seu bem acaba se tornando o contrário.
Lembre-se de que a carne é uma importante fonte de vitamina B12, ferro, proteína e cálcio. Há, sim, alternativas de fontes desses nutrientes, por isso, o vegetarianismo é possível. Mas é preciso ter orientação profissional para continuar com a saúde em dia.
De qualquer forma, inclua em seu cardápio as fontes de proteína vegetal, ou seja, as que são plantadas. São elas: feijão (todas as variações), soja, grão-de-bico, ervilha, tofu, entre outras.
3. Cuidado com os exageros!
Além de se preocupar em encontrar outras fontes de nutrientes, também é preciso ter cuidado para não exagerar em outros tipos de alimentos, o que é comum. Muitos vegetarianos (sejam eles novos ou já experientes nesse tipo de alimentação) se alimentam de forma desequilibrada, principalmente em relação aos carboidratos – massas, pães, doces, arroz etc.
No caso dos novos vegetarianos, às vezes, isso acontece para compensar um pouco a vontade que o corpo sente da carne, o que é normal no começo. Tente, então, optar por carboidratos integrais, porque são mais nutritivos e menos danosos.
Além disso, se a vontade de carne estiver grande, não se esqueça da soja! A soja é uma ótima fonte de proteína e, acredite se quiser, o hambúrguer de soja é muito parecido com o de carne. Experimente!
4. É hora de experimentar…
Se você decidiu se tornar vegetariano, mas a única verdura que come é alface, talvez esse processo seja um pouco mais difícil para você. Mantenha a mente aberta e se possibilite viver novas experiências gastronômicas, das mais simples às mais refinadas.
É muito importante incluir em sua dieta o máximo de legumes e verduras possíveis. Você vai sentir a necessidade de variar sua alimentação, até para não enjoar do que come – afinal, comer também é um ato de prazer. Por isso, experimente. Você provavelmente não vai gostar de algumas opções, outras delas pode até aprender a gostar com o tempo, e com outras vai se surpreender e amar logo de primeira. Mas, para descobrir, você precisa tentar, certo?
5. Consuma alimentos derivados de animais
Alguns optam por uma dieta ainda mais restritiva, como o veganismo ou outras denominações, que excluem da alimentação qualquer alimento que tenha origem animal, mesmo que seja apenas derivado (ou seja, o animal não precisou ser sacrificado), como ovos, leite etc.
Quando a dieta é tão restritiva, a suplementação é absolutamente necessária para compor o quadro de nutrientes no organismo. Por isso, caso possa e queira, mantenha os alimentos derivados, porque eles são ótimas fontes de nutrientes. O leite (desnatado ou semidesnatado, que têm menos gordura) é ótima fonte de cálcio e o ovo é fonte de proteína, por exemplo. Claro que seus consumos devem ser moderados (de novo, com orientação profissional), mas são importantes.
Você também pode gostar:
6. Cada um tem seu tempo
Cada pessoa é única. Ou seja, se alguém conseguiu deixar as carnes de lado de um dia para o outro, isso não quer dizer que você também precise fazer dessa forma. Cada um tem o seu tempo, sinta-se no direito de respeitar o seu. Afinal, essa experiência não deve ser traumática, certo?
Texto escrito por Giovanna Frugis da Equipe Eu Sem Fronteiras.