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Como funciona a dor? Tipos, causas e mecanismos explicados

Imagem de um homem de costas, visualizando suas dores nas costas, ressaltando os ossos da coluna vertebral.
Yuri_Arcurs / Getty Images Signature / Canva
Escrito por Matheus Pupim

A dor pode ser classificada de acordo com diferentes mecanismos, envolvendo tanto processos físicos quanto psicológicos. Ela pode ser originada por estímulos prejudiciais ao corpo ou por disfunções no sistema nervoso. Além disso, fatores emocionais e psicológicos também podem influenciar a percepção da dor.

A dor pode ser classificada, sob uma perspectiva neurofisiológica, em dois tipos principais: Nociceptiva e Não Nociceptiva, com base nos mecanismos desencadeantes.

Dor nociceptiva

Este tipo de dor é resultante da ativação de nociceptores, receptores sensoriais especializados que detectam estímulos potencialmente nocivos.

Geralmente ocorre na pele e pode ser desencadeada por estímulos:

  • Mecânicos
  • Térmicos
  • Químicos, incluindo substâncias algogênicas endógenas, como serotonina, substância P, bradicinina, prostaglandinas e histamina.

Características:

Dor somática

Sensação bem localizada, exacerbada pelo movimento, e melhora com o repouso.

Exemplos: dores ósseas, musculares, artríticas ou pós-operatórias.

Dor visceral

Geralmente associada à distensão de vísceras ocas. É mal localizada, profunda e frequentemente acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos e sudorese.

Exemplos: dores referidas, como as no ombro ou mandíbula (relacionadas ao coração) ou na escápula (problemas na vesícula biliar).

Dor não nociceptiva

Este tipo de dor pode ser subdividido em dois grupos:

Dor neuropática

Origina-se de lesões ou disfunções no Sistema Nervoso Central (SNC) ou Periférico (SNP). Pode ser temporária ou crônica, frequentemente persistindo mesmo após a resolução do evento precipitante.

Imagem de um cérebro vista em uma tela de computador. Ele está com lesões ou disfunções no sistema nervoso central.
Science Photo Library / Canva

Descrições comuns: ardência, queimação, ferroada, formigamento (parestesia) ou alodínia (dor intensa causada por estímulos normalmente inofensivos, como o toque de um tecido).

Exemplos: neuralgia do trigêmeo, neuralgia pós-herpética, neuropatia periférica.

Dor por desaferentação

Subclassificação que ocorre devido a danos no sistema somatossensorial em qualquer ponto.

Exemplos: incluem dor fantasma, dor talâmica e dores associadas a AVCs ou tumores cerebrais.

Dor psicogênica

Considerada quando não há mecanismos nociceptivos ou neuropáticos identificáveis, mas há sintomas psicológicos suficientes para um diagnóstico psiquiátrico, segundo o DSM-IV.

Embora rara e frequentemente um diagnóstico de exclusão, muitos autores questionam sua existência, argumentando que alterações psicológicas são manifestações de condições orgânicas subjacentes.

Sobre o autor

Matheus Pupim

Professor Pupim é formado em Educação Física, Acupuntura, Constelação Sistêmica e Coaching.

Já atuou como professor de natação em academias e como personal trainer. Há vinte e seis anos vem atuando na área do bem-estar impactando pessoas com o seu trabalho na cidade de Franca-SP.

Hoje realiza atendimentos presenciais e online, bem como, palestras e cursos que integram atividades físicas, massagem, acupuntura, constelação sistêmica e coaching – além de outros conhecimentos terapêuticos como auriculoterapia, yogaterapia e dietoterapia.

É palestrante e trainer especializado nas áreas do Bem-Estar e do Desenvolvimento Humano.

Atualmente lançou a Comunidade OILUZ de desenvolvimento humano.

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