Tenho percebido que, cada vez mais, as pessoas têm sentido a necessidade de compreender suas emoções para a vida ser menos sofrida. Antigamente, não se falava muito sobre isso e atribuía-se praticamente tudo a uma alternância de humor e ponto!
Hoje, sabemos que muitas coisas podem influenciar essas mudanças. Em um único dia vivemos coisas agradáveis, desagradáveis, tristes, situações de medo e tensão. E o que fazer com tudo isso?
O primeiro passo é relacionarmos cada uma dessas situações com uma emoção, como por exemplo: alegria, raiva, tristeza, medo. Uma vez relacionada, podemos escolher entre deixar essa emoção tomar conta dos nossos pensamentos e atitudes ou equilibrarmos essa emoção com o uso da razão.
Desde nossa primeira conversa, temos falado sobre essa viagem para dentro de nós mesmos para uma maior compreensão de quem somos. A inteligência emocional está intimamente relacionada a isso.
Segundo o Dr. Alírio de Cerqueira Filho, médico e terapeuta, pode-se dividir a inteligência emocional em dois tipos: intra e interpessoal.
A inteligência interpessoal está ligada à maneira como lidamos com outras pessoas, mas focaremos na inteligência intrapessoal, que é a forma como nos relacionamos conosco e é a base da inteligência emocional. Ela necessita do autoconhecimento, do autodomínio e da automotivação para se desenvolver.
O autoconhecimento nos remete ao ensinamento deixado por Sócrates, por volta do ano 470a.C.: “Conhece-te a ti mesmo”. O autodomínio refere-se à maneira como lidamos com as emoções e é um resultado do autoconhecimento.
A automotivação está ligada à descoberta daquilo que nos move para a conquista dos nossos objetivos. Saber quem eu sou, como dominar minhas emoções e descobrir aquilo que me move, me tornará um ser melhor e mais completo.
Atualmente, as empresas buscam funcionários que saibam lidar com a situação de estresse e pressão, quando uma meta precisa ser atingida ou lidar com tensão e tristeza quando a demissão for necessária. Os momentos de alegria também acontecem e são comemorados, mas nesse caso, normalmente não geram conteúdo negativo a ser trabalhado.
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O ponto importante é perceber que pessoas que fazem uso da inteligência emocional sabem usar as emoções a seu favor. O resultado disso é positivo para a empresa e para o indivíduo.
Hoje, o que me motivou a pensar sobre esse tema, foi um filme de animação, com produção e distribuição feitas pela Disney Pixar chamado Divertida Mente.
O filme nos mostra atitudes e consequências de quando estamos sob domínio de uma das emoções. Embora muitos possam pensar que “desenho é coisa de criança”, esse é um filme que pode ajudar pais e filhos na compreensão da importância de cada uma das emoções ali apresentadas: Alegria, Medo, Tristeza, Raiva e Nojinho. Cada uma tem a sua importância, é impossível vivermos uma vida toda sem alguma delas. Porém, o que pode fazer a grande diferença em nossas vidas, é permitir que cada uma tenha o seu espaço e que todas, possam conviver em equilíbrio.
Como dizia o Poeta:
É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe… Mas para fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza…”.
Compreender e saber como lidar com as emoções nos ajudará a atingir a maturidade emocional tão desejada!
Para finalizar, deixo a reflexão para a continuidade da nossa viagem interior: Quem sou eu? Quais são meus objetivos e o que tenho feito para conquistar o equilíbrio das minhas emoções?
E, para aqueles que quiserem assistir ao filme, bom divertimento!