Há evidências de que algumas crianças sejam sensíveis às alterações cerebrais que alguns alimentos e toxinas possam causar. Outro ponto importante é que existem nutrientes em níveis inferiores em crianças com TDAH quando comparadas com crianças neurotípicas (sem TDAH), como o Ômega 3, zinco, ferro, magnésio, vitaminas B6 e D3. A suplementação desses nutrientes e a correção da dieta auxiliam de maneira prática e segura o tratamento.
Para muitas crianças (e adultos) o açúcar (simples ou na forma de carboidrato) pode causar ou piorar quadros inflamatórios e dificuldades comportamentais. Pais de crianças com TDAH frequentemente observam piora no comportamento hiperativo após o consumo de doces. Isso se explica pelo fato dessas crianças terem uma maior sensibilidade para a hipoglicemia (baixo açúcar no sangue).
Crianças neurotípicas apresentam sintomas de hipoglicemia quando sua taxa de açúcar atinge níveis inferiores a 54 mg/dl, e as crianças com TDAH com níveis séricos de 75 mg/dl. Por esse motivo oferecer um café da manhã de pão com leite com achocolatado pode gerar uma hipoglicemia no meio da manhã e grande desatenção na escola. O açúcar age como um silencioso pró-inflamatório, tornando crônico o problema pelo estímulo da neuroinflamação subclínica que impedira a maturação cerebral.
Por isso é de grande importância que crianças e adultos com TDAH procurem ajuda de um profissional da nutrição funcional para que ele corrija a alimentação e faça a suplementação com doses individualizadas para correção das deficiências de vitaminas e minerais. Lembrando que estar dentro dos parâmetros de referência de laboratório não significa que você esteja saudável. Eles apenas excluem doenças, mas não te colocam em um valor ótimo de estado de saúde. Por isso leve seus exames a um médico ou nutricionista com visão funcional.