Autoconhecimento Convivendo Relacionamentos

Como nossas feridas moldam nossos relacionamentos

Imagem de um coração desenhado em um papel vermelho, remendado com um band-aid, trazendo o conceito de feridas no relacionamento.
Grapix / Canva
Escrito por Lud Màttos

O amor é influenciado por traumas, que podem distorcer nossa percepção de afeto. As linguagens do amor, descritas por Gary Chapman, podem ser afetadas por experiências dolorosas. A cura exige reconhecer e ressignificar essas feridas, muitas vezes com terapia, promovendo relações mais autênticas.

Ah, o amor…

Quando falamos sobre relacionamentos, é comum escutarmos que a chave para o amor está em “aprender a linguagem do outro”. Mas e quando nossas cicatrizes do passado?

Pouco se fala, e é muito verdade, nossos traumas podem distorcer a nossa percepção de dar e receber afeto.

Situações vividas de forte impacto emocional moldam não só nossas crenças de amor, mas também sobre confiança e segurança. Muitas vezes, aprendemos a associar amor com dor, abandono ou controle.

Dessa forma, nossas relações passam a ser mediadas por sentimentos de medo e comportamentos de defesa.

Vamos analisar “As Linguagens do Amor” descrita pelo autor Gary Chapman sobre a perspectiva do trauma?

Cada um de nós tem uma maneira única de dar e receber amor, que se reflete em uma das cinco linguagens: palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico. Mas o que acontece quando a forma como aprendemos a amar foi marcada por experiências dolorosas, como abandono, abuso ou negligência?

Esses traumas podem influenciar profundamente a maneira como percebemos o amor e como nos conectamos com os outros.

Exemplo, se alguém cresceu em um ambiente onde a presença constante de um parceiro era associada a uma sensação de abandono ou rejeição, o ato de dar atenção plena — que geralmente é entendido como um gesto de carinho — pode ser interpretado como uma ameaça ou um lembrete do medo de ser abandonado.

Aqueles que sofreram traumas relacionados ao toque, a linguagem do toque físico pode ser desafiadora.

Imagem de um casal se abraçando ao ar livre ao pôr do sol.
StockSnap / Pixabay / Canva

Um simples abraço, que para muitos é um gesto de segurança e conexão, pode se tornar desconfortável ou até mesmo ser sentido como uma invasão ou ameaça. Isso se deve ao fato de que o toque, em determinadas circunstâncias, pode ter sido associado a experiências traumáticas que geraram um bloqueio emocional em relação a essa forma de afeto.

“Curar” esses traumas envolvem o processo de reconexão com essas linguagens do amor e consigo mesma de forma saudável e consciente. Isso não significa ignorar ou esconder as feridas, mas sim reconhecer a dor e trabalhar para ressignificá-la.

Para muitas pessoas, esse processo pode ser iniciado por meio da psicoterapia, que proporciona um espaço seguro para explorar como os traumas ainda influenciam a maneira de se relacionar com a vida de modo geral.

A partir desse ponto de partida, começa-se a aprender a se comunicar de uma maneira mais autêntica e verdadeira, tanto com o outro quanto consigo mesmo.

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Quando somos capazes de reconhecer as linguagens do amor que foram distorcidas pelos nossos traumas, conseguimos não apenas nos curar, mas também construir relações mais autênticas e profundas.

Lembre-se, é fundamental compreender que as feridas emocionais podem levar tempo para cicatrizar. Tenha paciência com o seu processo e comece a desenvolver autocompaixão, esse é o primeiro passo para o amor-próprio.

Com amor e axé

Sobre o autor

Lud Màttos

Psicóloga graduada desde 2013, pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental com aprofundamento em Teoria do Esquema e pós-graduanda em Psicologia Hospitalar. Acredito em uma abordagem integrativa, que cuida do corpo, da mente e da alma, sempre com sensibilidade e humanidade.

Minha paixão é ajudar mulheres a ressignificarem suas histórias e reencontrarem sua autoestima. Especialista em Transtornos Alimentares e Relações Abusivas, trago para o consultório não apenas conhecimento técnico, mas também escuta acolhedora e empática. Além da psicologia, utilizo terapias integrativas como Florais de Bach e ThetaHealing®, ferramentas que ampliam a jornada de cura e transformação.

Também sou criadora de conteúdo e influenciadora digital desde 2015. Através das redes sociais, compartilho reflexões sobre autoestima, autoconhecimento e o feminino, sempre com autenticidade e verdade. Acredito que a nossa história tem poder e que, ao abraçarmos nossa essência, encontramos beleza e força em quem realmente somos.

Meu propósito é guiar mulheres em suas jornadas de autotransformação, ajudando-as a construir uma relação mais amorosa com seu corpo, sua mente e sua história.

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