A filosofia racionalista afirma que “O homem é um ser que pensa”. Precisamente, foi a partir da leitura do livro Discurso do Método do filósofo francês René Descartes (1596-1650), expoente máximo dessa corrente de pensamento, que surgiu a ideia de escrever este texto. É um texto simples, que parte de cogitações pessoais acerca do mundo, da vida, do eu e do outro.
Primeiramente, cogitações sobre o MUNDO:
Como o mundo seria se você não fosse tão religioso? Como o mundo seria se você não fosse tão cético? Como o mundo seria se você não fosse tão racionalista? Como o mundo seria se você não fosse tão fanático? Como o mundo seria se você não fosse tão solidário? Como o mundo seria se você não fosse tão egoísta? Como o mundo seria se você não fosse tão descrente?
Em segundo lugar, cogitações sobre a VIDA:
Como seria a vida se você não fosse tão falador? Como seria a vida se você não fosse tão quietinho? Como seria a vida se você não fosse tão associável? Como seria a vida se você não fosse tão responsável? Como seria a vida se você não fosse tão família? Como seria a vida se você não fosse tão trabalhador? Como seria a vida se você não fosse tão seletivo?
Em terceiro lugar, cogitações sobre o EU:
Como eu seria se você não fosse meu amigo? Como eu seria se você não fosse tão acessível? Como eu seria se você não fosse meu irmão? Como eu seria se você não fosse tão rude? Como eu seria se você não fosse minha mãe? Como eu seria se você não fosse tão estúpido? Como eu seria se você não fosse meu pai?
Por fim, cogitações sobre o OUTRO:
Como seria o outro se você não fosse tão preconceituoso? Como seria o outro se você não fosse tão tolerante? Como seria o outro se você não fosse tão racista? Como seria o outro se você não fosse tão machista? Como seria o outro se você não fosse tão narcisista? Como seria o outro se você não fosse tão feminista? Como seria o outro se você não fosse tão capitalista?
Tais cogitações devem ser respondidas, ou não, a partir da experiência de vida de cada sujeito, de cada pessoa, de cada leitor, devendo, portanto, levar em consideração que existem diversas interpretações e infinitas respostas, numa clara demonstração de que as possibilidades de diálogo, como também as tensões e os conflitos que permeiam as relações humanas, permanecem bem vivas, latejantes no campo existencial.
Dessa forma, pensamos que essas questões possibilitam o encontro, a interlocução, a inter-relação, primeiramente com a vida interior, depois com o mundo exterior e, por fim, com o outro. Ou seja, acreditamos que essas indagações trazem à luz a capacidade de pensar do homem atual que, na aurora da modernidade, parece que se esqueceu de tal habilidade. Pensar é preciso!!!
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