O TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um transtorno que aparece na infância e, por vezes, acompanha a pessoa por toda a sua vida. É verdade que os sintomas costumam diminuir de intensidade conforme os anos passam, mas, mesmo assim, eles não desaparecem.
Este transtorno é marcado por desatenção, hiperatividade, impulsividade, dificuldades na escola, dificuldades em relacionamentos com outras pessoas e problemas em seguir regras e limites preestabelecidos.
O TDAH também pode ser chamado de DDA, ou Distúrbio do Déficit de Atenção, e é um transtorno que atinge de três a cinco por cento das crianças pelo mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Uma vez que os sintomas se abrandam, conforme o tempo avança, como a doença pode afetar relacionamentos? Simples: alguns sintomas de fato melhoram, mas outros podem piorar, outros que não eram percebidos antes podem surgir conforme a idade avança e alguns deles podem ainda acarretar outras consequências severas.
Não é raro encontrar adultos com TDAH que sofrem com o vício de drogas (incluindo o álcool), ansiedade e depressão severa, por exemplo. E estes são problemas que acarretam muitos outros, além de já serem degradantes por si só.
As crises de ansiedade, falta de memória, desatenção, problemas com vícios e estresse, tudo por causa da doença, afetam relacionamentos – sejam eles amigáveis, amorosos, profissionais, ou de qualquer tipo. Especificamente nos relacionamentos amorosos, como namoros e casamentos, o TDAH pode ser responsável por separações irrevogáveis.
A convivência com uma pessoa com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade realmente não é fácil. É claro que um casamento (ou namoro) pode ser afetado positivamente pelo TDAH, uma vez que a pessoa portadora dessa patologia é ciente de sua situação e se esforça para melhorar a cada dia. No final das contas, o transtorno se torna um motivo de evolução que, muitas vezes, talvez nem fosse vivido caso a pessoa não tivesse nada.
Porém, é muito comum que a relação seja afetada de forma negativa. O desgaste emocional é grande. Até porque é difícil que alguém com esse transtorno consiga dar a atenção que a outra pessoa deseja e necessita. Então, enquanto a pessoa se sente negligenciada, o parceiro com TDAH se sente frustrado por não corresponder às expectativas.
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Também é comum que o cônjuge assuma um papel de “médico” e tente controlar todos os passos do parceiro, o que é ruim para o relacionamento, uma vez que o paciente se sente inferiorizado, controlado e subjugado em cada atitude que toma.
Vale dizer que a frustração e o fracasso da relação advêm da incompreensão dos sintomas da doença. É preciso lembrar-se do transtorno dia a dia e fazer o possível para entender que a culpa é do transtorno, não da pessoa. Paciência, amor e calma são características essenciais durante todo o processo.
Buscar ajuda profissional também é essencial. Um profissional capacitado, experiente em casos de TDAH, poderá dar outro rumo ao relacionamento, tornando-o mais sadio e feliz. O tratamento adequado faz toda a diferença.