Autoconhecimento

Como reagir a uma decepção?

Mulher branca deitada numa cama.
Bruno van der Kraan / Unsplash
Escrito por Priscila Sarmento

Existe idade para decepções amorosas?

Não importa a idade que temos, as decepções vão existir, sejam de qual forma forem. As mágoas e tristezas, tudo são aprendizados. Sempre digo: “Enquanto se vive, vive-se”. Haverá o amigo “traíra”, a falsa amiga ou o crush-embuste. E porque não dizer o marido ou namorado que viram a decepção em pessoa, que nos trazem os piores sentimentos, a sensação de impotência, de incapacidade e aquela pergunta que sempre fazemos: “Por que eu?”. A vida passa e sempre encontramos aquela pessoa que vai magoar você a troco de nada, por nada. Pelo simples prazer de egoísmo, machismo ou displicência. Você já deve ter pensado: “Estava quieta no meu canto e esse embuste veio só pra tirar minha paz. O que eu fiz pra merecer isso?”. Eu fazia essa pergunta várias vezes e nunca recebia a resposta.

Um dia me toquei que muitas vezes era eu quem atraia essas pessoas, eu que as deixava entrar na minha vida, não atentava aos sinais, me deixava envolver, ficava com um para esquecer o outro. Vivia num círculo vicioso. Até que gritei para mim mesma e disse que nunca mais passaria por isso. Passei três anos da minha vida feliz por não me envolver com ninguém. Mas existia uma pessoa que mexia muito comigo tirando meu equilíbrio. Porém ele era mentiroso, morava longe, tinha as namoradinhas, mas não se esquecia de mim, então estava sempre ali olhando o que eu fazia. Para ele, eu era a “crush oficial”. Até disso eu cansei e dei um basta, mas ele não acreditava muito em mim e sempre mostrava que estava ali. Ah, é? Então tá, vamos ignorar que homem nenhum gosta disso. Sempre fui uma pessoa que ama liberdade, odeia gente grudenta e ciumenta. Para mim, um novo relacionamento era parecido com pesadelo, afinal ralei muito para ter essa paz, esse direito de ir vir. Comecei as sabotagens! Botava defeito em todo mundo, aqueles que queriam algo sério eram sempre os que não me atraíam e, é claro, queria os embustes.

Um belo dia conheci um cara lindo, sincero e gente boa, mas, como sempre, faria alguma coisa pra me chatear. Só que dessa vez, o intuito não era esse, minhas amigas. Era simplesmente um sinal da vida para mostrar que já estava na hora de largar as ideias “bloqueadoras” e olhar para frente, pois existe, sim, gente do bem.

Coração de papel rasgado.
Kelly Sikkema / Unsplash

Ao mesmo tempo em que estava chateada com mais uma rasteira, fiquei feliz por finalmente estar alinhada com minhas intuições, pois nunca ouvia e não ligava para os sinais, que, sim, a vida nos dá. Estava me fechando tanto que não sentia mais prazer em nada. Nada que eu digo são coisas bobas e boas. Como passear, sair e viajar. Tinha vontade de fazer tudo isso, mas nem sempre me sentia feliz. Cheguei a pensar que estava me tornando uma pessoa fria. Mas não, era meu escudo protetor me vetando de tudo.

Talvez vocês não entendam por que estou escrevendo esse artigo. Pois assim como eu passei por tantas coisas antes e depois dos 40, quero ao menos ajudar de alguma forma vocês. Mães, mulheres, maduras, sábias, espertas, aquela que não pode vacilar pois já não é mais uma garotinha. Podemos errar, sim! Enquanto vivermos, iremos acertar, errar, chorar, rir e aprender.

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Mas o que devemos fazer para lidar com isso?

Amigas, dói e sempre irá doer, mas em proporção menor. Não pense NUNCA que alguém é melhor do que você ou no que você errou. Não existe erro! Ninguém passa na nossa vida em vão e tudo que vivemos faz parte da nossa missão, do aprendizado por uma causa maior. Procure estar com pessoas que amam vocês, façam coisas que dão prazer, saiam da dieta (um pouco), não vão à academia ou vão, comam aquele doce, encontrem os amigos, chorem, chorem muito, até secar. Isso faz bem, renova e tira o nó da garganta. Diga tudo que você pensa e sente para a pessoa; não guarde nada, pois isso faz mal e pode dar gastrite. Jamais perca a razão, jamais se rebaixe ou implore o amor de alguém, porque você vale muito mais. Você é seu maior amor, então se baste, se ame e seja sempre a sua melhor versão, pois homem vem e vai. Uma hora a pessoa certa vai aparecer, mas às vezes precisamos penar muito para termos maturidade e aceitarmos o amor verdadeiro. Se precisar, faça terapia, procure uma ajuda para que haja um realinhamento emocional, como yoga, ho’oponopono, reiki, meditação, mantras etc. Conecte-se consigo mesma.

Agora, se você veio a esta vida para fazer carreira solo, viva da melhor forma possível. Vire a página, siga em frente e não se culpe por não ter ninguém, pois, nesta vida, cada um tem um propósito e nem todo mundo está designado a perpetuar a espécie.

Sobre o autor

Priscila Sarmento

Formada em publicidade pela Escola Técnica de Publicidade e Propaganda — ETEC, em 2000. Superior completo em jornalismo pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2005. Pós-graduada em marketing também pela Faculdade Candido Mendes — UCAM, em 2009. Especialização em marketing digital EAD na UCAM, em 2019.

Jornalista na empresa de RH Simetria, assessora de comunicação na Fiocruz — INI, desenvolvimento de cooperado na UNIMED.

Realizei alguns trabalhos com criação de materiais publicitário, diagramação e arte como freelancer.

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