Faz 9 meses que não publico um artigo por aqui. Nesses últimos meses, escolhi navegar por outros mares para conhecê-los e poder voltar mais interessante para cá. E, com muita alegria, compartilho que publiquei um livro – sim, agora sou escritora de verdade kkkkkk – e tenho um canal no YouTube. Então retorno cheia de folego, disposição e muuuuita vontade de saber: como você está?
Você tem a sensação de que está no controle ou de que vem sendo levado pelos acontecimentos?
Você tem se permitido respiros, contemplações, silêncios ou se encontra perdido em atividades incessantes?
E as emoções, como andam? Você as tem sentido ou corre delas como o “diabo foge da cruz”?
Seu corpo tem tido olhares e toques gentis em seu dia a dia, ou tem sido apenas fonte de críticas e insatisfações?
Enfim, como está sua vida? Como você está?
Desejo que esteja se cuidando com gentileza, que tenha colocado na agenda pausas e que as emoções não sejam motivo de medicações e fugas. No entanto, sei o quão difícil tem sido nos proporcionarmos esse olhar amoroso e. justamente por isso, volto com todas estas perguntas.
Cuidar-se é investimento ou perda de tempo?
Cuidar-se é ter um olhar abrangente do que carregamos dentro e de como estamos por fora, ou apenas ações que eliminem rugas e quilos a mais?
Cuidar-se é para si ou para atrair o outro?
Muitas vezes, nos perdemos em meio às demandas profissionais, culturais, familiares e acabamos subvertendo coisas importantíssimas, como o autocuidado, o amor-próprio e o tempo.
Outras tantas, o cansaço, as frustrações e falta de perspectivas pesam tanto que não conseguimos nos oferecer o acolhimento merecido. Porém é urgente cuidarmos de nós mesmos!
É necessário prestarmos atenção em como estamos vivendo nossas vidas e escrevendo nossas histórias. Se você parar agora e responder a todas essas perguntas que te fiz, quais seriam as respostas?
Elas lhe dariam conforto, alegria e sentido, ou seria uma sequência de lamentos, reclamações e insatisfações?
Todos somos sugados pelas horas que passam mais rápido a cada dia, mas sempre há quem consiga não ser abduzido por elas.
Todos temos problemas, dores, insatisfações, mas sempre há quem segue confiante e relativamente contente.
Todos viemos de famílias confusas, doentes e que nos aprisionam, mas sempre há quem olhe e veja amorosidade e motivos para confiar no outro.
E o que nos diferencia dessas pessoas que parecem fluir apesar dos pesares?
Talvez a fé no mistério, o desejo legítimo de bem viver, o olhar generoso sobre si e os outros?!
Talvez a integridade no sentir e compartilhar, o saber da impermanência de todas as coisas, a capacidade de não reagir ao que lhe acontece, mas sim agir com compaixão diante de sua vulnerabilidade e da do outro?!
Quem sabe não seja a habilidade de lidar com a falta de controle, com o desapego e necessidade de estar sempre certo?!
Quem sabe não seja o fato de saber-se um eterno vir a ser e, portanto, sem fixações num eu imutável, superior, pronto e autossuficiente?!
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Quem sabe?! Eu não sei!
Só sei que tenho me assustado com o consumo de remédios, com as estatísticas de depressão, ansiedade, burnout e a dimensão que o individualismo e a solidão vêm adquirindo. Só sei que continuar caminhando como estamos não está nos levando a um destino interessante. Então aqui estou para te perguntar: como você está? Como está sua vida?
Que todas estas perguntas lancem uma dúvida, ao menos uma, sobre como tem escolhido viver.
Abraços, e fico aqui com o desejo de saber um pouco sobre você!