A busca pelo propósito tem causado ansiedade e frustração em muitos buscadores. Estudando um pouco sobre a visão do economista Max Weber, em uma aula sobre a revolução do pensamento, achei que a sua abordagem sobre vocação faz bastante sentido e ajuda a explicar o porquê deste incômodo que está sendo causado na busca por um senso de missão.
Para Weber, a ideia de vocação foi introduzida com a Reforma Protestante. A vocação seria, primeiramente, uma forma de projetar a religiosidade nos atos cotidianos.
Além disto, considerada a ideia de predestinação e de que Deus já havia seus escolhidos, a prática de boas obras seria uma forma de mostrar que se pertencia a esta classe. E, acima de tudo, fazer riquezas por meio de uma vocação seria a prova da bênção divina. Enriquecer era “desculpado” por ter sido conseguido por meio de uma vocação.
Em sua meditação sobre o tempo, Deepak Chopra diz que dharma é seguir o nosso propósito, o nosso caminho e a nossa alegria. É estarmos alinhados com o fluxo. “O Dharma é a ação evolutiva que apoia o nosso despertar espiritual”.
Para mim, a ideia de dharma soa muito mais leve. Ela é colocada de forma prática (“ação”), mas é acompanhada do sentimento de que quando se está alinhado, não existe esforço, não existe atrito.
No dharma, você se identifica com um dos arquétipos divinos (amor, beleza, verdade, justiça, bondade, inteireza, poder, self) e o aplica no que está fazendo, seja o que for.
Você entra no estado de unidade e, por isso, atrai a prosperidade, ou apenas vive-a, sente-a, não importa quanto dinheiro há na sua conta corrente. A luta por chegar em algum lugar acaba, porque você simplesmente está, e aceita, no fluxo.
Apesar do nome, parece-me algo muito mais simples de ser aplicado de forma prática.
Segundo o físico Amit Goswami, a ideia de “significado” vem da mente.
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De fato, é a mente (comandada pelo ego) que procura explicação para as coisas, enquanto a essência simplesmente confia e vai no fluxo. Você está onde deve estar. Você sempre tem o livre-arbítrio e pode mudar isto se a sua intuição assim o diz, mas isto é diferente de procurar algo que parece nunca estar ao seu alcance. A essência simplesmente “É” e aceita que tudo, absolutamente tudo, tem significado.