Comportamento Saúde Mental

Comunicação eficaz, imposição de limites e saúde emocional

Mulher e homem seguram copos próximos de seus ouvidos: os copos estão ligados por um fio. Ao fundo, no cenário, há pontos de interrogação. Os semblantes de ambos representam confusão.
bowie15 / 123RF

Nós somos seres relacionais e sociáveis por natureza. Porém a imensa maioria das pessoas enfrenta conflitos em algum tipo de relacionamento em suas vidas. Grande parte desses conflitos é gerada por uma comunicação não eficiente. Comunicarmo-nos de maneira clara é primordial para os nossos relacionamentos e, principalmente, para o nosso bem-estar físico e emocional. Muitas pessoas, por não “conseguirem” se expressar como gostariam, acabam por viver conflitos internos, e muitas delas arrastam isso por toda uma vida. O que lhes gera o famoso “engolir sapo”, que, cedo ou tarde, desencadeará doenças emocionais e, até mesmo, físicas. Bem, isso não é segredo para ninguém. Já está mais do que provado pela Medicina que reprimir sentimentos traz doenças. E doenças graves. Por outro lado, existem outras pessoas que explodem constantemente. E, como dizem por aí, “chutam o balde”. Bem, algumas vezes, “chutar o balde” será interessante! Falaremos um pouco mais sobre isso, mais para frente. É importante que fique bem claro que o hábito de utilizar a famosa “explosão”, sempre, também poderá trazer uma série de problemas e conflitos externos na vida e nos relacionamentos em geral. Então podemos entender aqui a importância de se desenvolver uma comunicação eficiente, por meio de uma linguagem eficaz.

Existe um pressuposto da PNL (Programação Neurolinguística) que nos diz que é impossível não nos comunicarmos. E isso quer dizer que, em tudo que nós fazemos, estamos nos comunicando. Seja por meio dos nossos gestos, expressões faciais ou até mesmo do nosso silêncio. Então o que acontece é que, muitas vezes, estamos emitindo, ainda que sem saber, uma comunicação que pode estar contribuindo para que as pessoas respondam de alguma maneira contrária à que gostaríamos.

Uma comunicação clara, dizer aquilo que se pretende, dizer de maneira transparente, no momento e do jeito corretos, buscar entender o outro e, principalmente, certificar-se de que sua real comunicação está sendo entendida como você gostaria é fundamental para que os seus relacionamentos sejam saudáveis e para que você consiga construir relacionamentos produtivos. Uma comunicação real e focada fortalece os elos relacionais, ao mesmo tempo em que trabalha o respeito do outro por você, e o ensina a manter limites. Em contrapartida, uma comunicação incoerente, reativa, confusa e ineficaz pode enfraquecer os relacionamentos, afastar pessoas interessantes ou ainda fazer com que o outro perca o respeito por você e invada o seu espaço. Claro, nós nunca poderemos controlar 100% as interpretações vindas do modelo mental do outro. Porém é bom buscar, ao máximo, evitar distorções na comunicação. Afinal de contas, conflitos nos relacionamentos geralmente partem das distorções das comunicações.

Dois balões de fala sobre fundo rosa.
Miguel Á. Padriñán / Pexels

E o que fazer quando percebermos que a nossa comunicação não tem sido eficaz e que o outro esteja, por exemplo, ultrapassando os limites conosco e nos desrespeitando? Bem, como já foi esclarecido neste artigo, podemos adotar as seguintes posturas:

Postura 1: utilizar de uma linguagem clara e transparente. Falar do que gosta, dizer do que não gosta de maneira tranquila, dizer o que precisa ser dito no momento certo e da maneira correta, ou seja, conversar. Lembre-se: uma conversa implica falar e ouvir.

Postura 2: negociar com o outro. Buscar uma comunicação não impositiva, agressiva, reativa ou defensiva, e usar de combinações, trocas e negociações.

OK, mas e se, mesmo depois de ter adotado a postura 1 e a postura 2, eu continuar a não obter o limite e o respeito do outro?

Então, você pode adotar a postura 3: afastar-se da pessoa calmamente e sem dizer uma só palavra. Essa simples postura poderá evitar que você tenha a sua energia sugada e se desgaste. Simplesmente sair e deixar a pessoa falando sozinha costuma ter um ótimo efeito.

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Hmmm… E se, ainda assim, o outro continuar a invadir o meu espaço?

Bem, talvez nessa hora seja necessário adotar uma postura mais rígida!

Postura 4: “virar a mesa” e “chutar o balde”.

Algumas vezes, será necessário se defender mais duramente das invasões e falta de limites do outro. Existem algumas pessoas muito sem noção. E essas apenas aprenderão a nos respeitar quando receberem uma boa “virada de mesa” e falarmos bem claro para elas: “Epa! Aqui não!”. Mas lembre-se: isso jamais poderá se tornar um padrão!

Nós podemos ser pessoas boas, educadas, ouvintes e flexíveis. Devemos conversar e negociar, buscar uma comunicação clara e eficiente, mas, ainda assim, existirão pessoas que só mudarão de postura após uma comunicação mais firme.

E lembre-se: quando você se respeita, o outro te respeita.

Sobre o autor

Hérica C. Rodrigues

Olá! Meu nome é Hérica C. Rodrigues. Em 2015, quando me mudei do Brasil para a Holanda, fiz uma transição de carreira. Enquanto eu vivia no Brasil, eu era professora do ensino fundamental e médio e também me formei em advocacia. No entanto, ao mudar de país, enfrentei muitos desafios que me fizeram chegar até aqui: ou seja, a paixão por ajudar pessoas nas transformações internas e externas de suas vidas.

Hoje, sou terapeuta Junguiana. Também sou coaching do desenvolvimento humano. Minha abordagem é sistêmica e holística. Eu trabalho também com arquétipos, com a PNL (Programação Neurolinguística), e tudo isso, alinhado com as ferramentas de coaching.

A terapia nos ajuda a nos autoconhecer, a lidar com os nossos sentimentos e emoções.  Ela nos possibilita a nos entender melhor e alcançar mais calma, discernimento e serenidade mental.  Já as ferramentas de coaching, aliadas à PNL, nos ajudam a identificar crenças bloqueadoras, limpar campos mentais limitadores, a traçar objetivos e metas que nos orientam a tomar ações proativas, rumo à realização dos nossos desejos.

Sempre amei o Direito, mas onde realmente me realizo é no conhecimento da mente humana e no desenvolvimento pessoal. Ajudar as pessoas a descobrirem os seus potenciais e se tornarem mais eficientes, proativas e conscientes de que elas criam e transformam as suas realidades, por meio de suas ações e reações frente aos acontecimentos, é a minha missão. E eu amo fazer isso!

Pretendo seguir por toda a minha existência trabalhando com o desenvolvimento de pessoas. Isso me fascina!

Sou apaixonada pelo autoconhecimento e pelo desenvolvimento humano. Amo escrever sobre a vida e sou uma eterna buscadora da expansão da consciência. Adoro assuntos ligados à Lei da Atração, Leis Universais, Metafísica da Saúde, Astrologia, enfim, sou fascinada pelo descobrimento humano e universal! Acho que o Universo é riquíssimo em conhecimentos e abundância! E tenho toda a disposição desse mundo para estudá-los e descobrir cada dia, um pouco mais desse presente que nos foi dado, que é a vida! Quero passar o resto de minha vida me aprofundando em Carl Jung.
Amo os animais e a natureza! Gosto de ler e me interesso por diferentes culturas.

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