“Nossas Almas, que são realmente nós mesmos, são imortais, e os corpos dos quais temos consciência são transitórios, como simples cavalos em que montamos para fazer uma viagem, ou como instrumentos que utilizamos para criar uma obra de arte.” – Edward Bach
Quem é o homem? Toda teoria psicológica e filosófica tem uma concepção de homem e de seus processos psíquicos. Algumas são mais otimistas na percepção da potencialidade humana de superar seus desafios emocionais. Outras são bastante pessimistas e insistem em perceber o homem como um ser existencialmente em crise. Para Edward Bach, todo homem possui uma Alma que é seu real:
Um ser Divino, Poderoso, Filho do Criador e de todas as coisas, do qual o corpo, ainda que seja o templo terreno dessa Alma, não passa de um mínimo reflexo, que nossa Alma, nossa Divindade que habita dentro e ao redor de nós, dirige para nós nossas vidas de maneira como Ela deseja que elas sejam governadas e, tanto quanto consentimos, sempre nos guia, nos protege e nos anima, vigilante e bondosa para que possamos extrair o máximo proveito das coisas: que Ele, nosso Eu superior, sendo uma centelha do Todo-Poderoso, é desse modo, invencível e imortal. (2006, p. 19)
A concepção de Bach é muito diferente de todas as concepções psicológicas estudadas anteriormente por se constituir num projeto de homem em evolução que traz em si a Centelha Divina e a potencialidade de perfeição por ter sido criado à imagem e semelhança do Pai.
Uma compreensão que trabalha com uma escala temporal chamada eternidade, pois nossa vida não começa com o nascimento e não termina com o desencarne. Somos espíritos em evolução e, como tais, precisamos aproveitar cada experiência de nossa existência para aprendermos e nos melhorarmos.
Além de sermos filhos de Deus, temos personalidades que precisam de lapidação, pois vêm para esse processo encarnatório com a missão de obter conhecimento e experiências possíveis ao longo de toda a existência terrena. Para isso, devemos desenvolver virtudes através da extinção do que é desarmônico em nós.
Todo esse processo precisa ser vivido desde a infância com consciência, pois é complexo para o curto espaço de vida que temos em cada etapa evolutiva. Mas Bach compreendia a infinitude humana ao afirmar que: “O nascimento esteve infinitamente longe de nosso começo e a morte infinitamente longe do nosso fim” (2006, p. 20).
Ratifica, afirmando, se somos Almas em processo de evolução, precisamos nos esforçar para perceber onde cometemos o erro e corrigi-lo com esforço e dedicação para que possamos viver em paz e com saúde. A saúde depende de nossos pensamentos, sentimentos e posturas perante a vida e nossos irmãos.
E, para terminar a exposição das premissas que constituem o segundo capítulo do livro “Cura-te a ti mesmo”, Bach afirma que, se nossas Almas e personalidades estiverem em harmonia, tudo é paz e alegria, felicidade e saúde. O conflito “aparece quando nossas personalidades são atraídas para fora da senda da Alma, por obra dos nossos desejos terrenos, ou pela persuasão dos outros” (2006, p. 20).
O conflito surge com o egoísmo, o medo, a indecisão, a pressa, a possessividade, a raiva, o orgulho, a crueldade, a ignorância, a instabilidade, dentre outros sentimentos que nos afastam do projeto Divino e da verdadeira felicidade. E qual seria a receita para essa vida com escolhas sensatas que nos conduzam à paz? Em resposta, Bach nos afirma: o amor. Incondicional, irrestrito e fraterno. Simplesmente amor.
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Leia a primeira, a terceira, a quarta e a última parte desta série.