“Quanto mais permitimos que a luz da alma flua pelo nosso ser, tanto mais sólidas serão as bases de confiança que nos apoiarão nas ações do dia-a-dia”. Do livro “Meditando com os anjos”, de Sônia Café e Neide Inneco.
O peixinho gostoso estava estragado e pimba! — direto para a UPA. Passa o cartão, digita a senha, o dinheiro não sai e você perde duzentos. Aperta a descarga. A água, ao invés de descer, sobe e, no minuto seguinte, você está de joelhos e pano na mão. O mundo está cheio de armadilhas. Cada entrada no banco, no banheiro, na cozinha e podemos estar irremediavelmente enrascados. E o que fazemos?
Nada. Poderíamos ter inúmeros motivos para desacreditar, mas confiamos. Confiamos que tudo dará certo, que estamos a salvo. Somos gente de fé. Só que não sabemos. Cada pequeno ato do cotidiano traz implícito uma infinidade de perigos. Vivemos uma vida arriscadíssima, que poderia fazer de cada um de nós paranoicos de carteirinha. Mas não, confiamos a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e! E ponto.
Corremos riscos por estarmos vivos. Todos, ao nosso redor, estão correndo o perigo de, a qualquer momento, sofrer algum mal. E o que fazemos? Nada, absolutamente nada, apenas confiamos. Deixamos a vida tomar seu rumo, navegamos nas asas da fé, da fé pura, da fé de quem acredita na vida.
Cada faca lavada poderia ser um corte profundo; cada tampa de panela levantada, uma queimadura; cada esponja passada no copo, um caco fincado na pele. E a lista não termina por aí. Imaginem por quantos cachorros ferozes passamos na rua, por quantos carros velozes e desatentos, em quantos elevadores subimos sem saber se podem ou não despencar.
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Recorte essa lista de catástrofes cotidianas e leia-a todas as vezes que se sentir esmorecer por falta de fé. Somos gente de fé, de muita fé, só que esquecemos disso. Todos os dias, provamos a nossa coragem, a nossa força, a nossa crença. Vencemos dezenas de desafios a cada dia, centenas a cada semana, milhares a cada ano, ano após ano. Isso é fé!