Dois casais de amigos decidiram criar a Komborgânica, uma espécie de feira móvel que é levada para pontos cadastrados. Nesta Kombi são comercializados alimentos orgânicos. O negócio, que teve inicio em outubro de 2015, vem dando muito certo e nós conversamos com uma das sócias, Joana Ricci, para saber como funciona este trabalho. Confira a entrevista:
Eu sem Fronteiras: Como surgiu a ideia de criar a Komborgânica?
Joana Ricci: A Komborgânica surgiu porque há algum tempo sou consumidora de produtos orgânicos e sempre me questionava se eles precisavam ser tão caros ou tão difíceis de encontrar.
Percebemos que aí havia uma oportunidade: tornar orgânicos mais acessíveis e levá-los até as pessoas em uma feira itinerante, para poder chegar até aqueles que ainda não tem o hábito de consumir esses produtos.
Foi então que meu marido e eu nos juntamos a um casal de amigos para tornar este sonho possível. Unimos nossas expertises, e imaginamos que o fato de cada um vir de uma área de atuação diferente poderia enriquecer o planejamento da Komborgânica.
ESF: Quando o projeto começou?
Joana Ricci: Começamos a rodar no final de outubro de 2015. É um projeto super recente. A ideia levou alguns meses para ser concebida, mas em outubro estávamos rodando e levando orgânicos pela cidade.
ESF: Vocês trabalham em São Paulo, pensam na ideia de expandir o negócio?
Joana Ricci: Logo que começamos a trabalhar, muita gente nos procurou perguntando sobre franquias e expansão para outros lugares. Queremos sim expandir o negócio e mais para frente devemos ter algo mais concreto em relação a isso. Por enquanto, estamos nos fortalecendo e aprendendo com o trabalho do dia a dia, mas muito contentes de saber que a nossa ideia tem sido bem aceita pelas pessoas.
ESF: E por que optaram pela comida orgânica?
Joana Ricci: Optamos pelo orgânico por acreditar nesta forma de alimentação e modo de vida. Chegamos num ponto em que precisamos repensar nossos hábitos e costumes. A alimentação é apenas um dos pontos em que podemos melhorar e optar por escolhas mais saudáveis e sinceras. Sabemos que, com o nosso trabalho, fortalecemos toda uma cadeia, desde os pequenos produtores até aos nossos clientes e parceiros, que acabam fomentando ainda mais a disseminação dos orgânicos. E ficamos muito felizes em saber que muitas pessoas estão fazendo esta opção.
ESF: Como é o interesse das pessoas?
Joana Ricci: É maior do que esperávamos. Achamos que íamos ter uma certa resistência por parte das pessoas não estarem acostumadas com os produtos orgânicos, mas tivemos uma ótima surpresa. Hoje as pessoas estão abertas a experimentar e há um boom no consumo de orgânicos. Muitas pessoas vem nos procurar porque estavam buscando um alternativa para consumir orgânicos.
ESF: Acreditam que as pessoas estão mais preocupadas e conscientes com a alimentação?
Joana Ricci: Com certeza! Hoje as pessoas têm acesso a mais informações e com isso acabam percebendo o que pode ajudar a saúde e também o que pode ser nocivo. Com isso, elas acabam fazendo escolhas mais sustentáveis.
ESF: Trabalhando dessa forma é possível também conhecer pessoas que inspiram?
Joana Ricci: Sempre!
ESF: Onde vocês plantam os produtos? Ou vocês compram diretamente dos produtores?
Joana Ricci: Compramos diretamente dos produtores. E montamos uma rede de produtores certificados que nos garantem a procedência de seus produtos.
ESF: O que há de mais legal no trabalho de vocês?
Joana Ricci: É muito gratificante poder proporcionar saúde e bem estar para as pessoas. Mas é ainda mais realizador trabalharmos com algo que acreditamos e que sabemos que está ajudando a construir uma nova forma de pensar, de se alimentar e de consumir.
Você também pode gostar
ESF: Fique à vontade para deixar um recado aos leitores
Joana Ricci: O nosso propósito com a Komborgânica é levar produtos orgânicos para as pessoas a um preço justo e tornar o acesso mais fácil a este tipo de produto. Estamos muito contentes em já termos um grande número de pessoas que nos acompanham e estão sempre com a gente nos pontos em que estacionamos.
Entrevista realizada por Angelica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras.