A gratidão tem um grande poder na vida de quem a exerce. E esse poder é tão grande que é possível redistribuir a outras pessoas e lugares por onde passamos.
A gratidão permite que a pessoa aprecie o novo, saúda as ideias novas, abrace os novos hábitos. A gratidão estimula a pessoa a quebrar padrões, temperando suas atitudes mais leais e conservadoras. A gratidão faz a pessoa se encantar com o novo e manter esse encantamento.
A pessoa grata de verdade revoluciona a própria vida e a de todos que se aproximam dela por meio da clareza com que aprecia o que há de mais belo e formoso na vida.
Ao exercer a gratidão, a pessoa é tomada por uma força capaz de reorganizar o que antes estava bagunçado interna e externamente.
A gratidão auto-orienta os sistemas hierárquicos da pessoa, que passa a ser subordinada a um poder divinal, com padrões comportamentais que se adaptam perfeitamente ao ambiente novo que foi gerado pelo ato de ser grato.
A pessoa grata tem extrema clareza do mundo que a circunda, cultivando seus sentimentos de alegria e amor para consigo e para com o próximo, prezando pela compreensão e pela compaixão.
A gratidão traz também a autodireção. A pessoa é direcionada a muitas habilidades e conhecimentos que antes não dominava muito bem, como a criatividade, o domínio sobre si mesma, a empatia, a solidariedade e a compaixão. E tais habilidades geram na pessoa a autorrealização.
Uma pessoa grata é capaz de construir um padrão singular de potencialidade e dela receber algo que jamais se repetirá, pois ela entendeu que vive num Universo de infinitas possibilidades.
A gratidão nos torna inovadores, exploradores e aventureiros. Uma vez que a gratidão vira hábito na vida de uma pessoa, ela se torna impaciente ante às convenções do mundo e os padrões conhecidos, porque ela está sempre sendo atraída pelo desconhecido, ao indeterminado, ao diferente.
Ela não segue mais aquele pensamento cauteloso, metódico e conservador, não. Ela prefere a certeza do risco, do incerto. Há uma frase de Paulo escrita na Carta aos Tessalonicenses que diz “em tudo dai graça, porque essa é a vontade divina para conosco”.
Isso nos traz a clareza de que a gratidão é a forma como devemos nos relacionar com o Divino. Quando exercemos a gratidão, somos menos ansiosos e nos desapegamos das imprevisibilidades do mundo pelo simples fato de entender que tudo, absolutamente tudo, nos será concedido no tempo certo e na medida certa, conforme sejamos gratos em todas as circunstâncias.
Porém, com tudo isso, a gratidão não nos livra de vivermos momentos de tribulação.
Vivemos num mundo de causa e efeito. E é durante uma tribulação que a pessoa grata compreende que pode entrar no campo de todas as possibilidades em que terá acesso a uma infinidade de escolhas.
Somos o resultado de escolhas que fizemos, conscientes ou não, e se você parar um pouco e começar a observar suas escolhas, você levará essas escolhas do inconsciente para o consciente, e será libertador.
A gratidão na tribulação permite que a pessoa transmute o efeito indesejável em uma experiência mais agradável e leve. A gratidão, aqui, também permite que durante esse período você entre mais em contato com o seu íntimo, com seu ser, com sua alma e vá limpando as manchas, as máculas, as mágoas e os ressentimentos a cada vez que você mergulha mais profundamente dentro de si, sendo grato por cada uma dessas experiências.
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A gratidão nos traz esperança e, mais uma vez, Paulo vem nos dizer nas cartas, agora enviada aos Romanos, que “A esperança não decepciona”. E para completar essa afirmação, Santo Agostinho recomendava: “De nada desesperes enquanto estás vivo. Nada estará perdido enquanto estivermos em busca”.
Tulio Miotti. Vice-Presidente da Asiteq — Associação Internacional dos Terapeutas Quânticos (55 21 96700-4423).
