Hoje (27/01) é celebrado o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Esta data foi escolhida por ser o dia da libertação dos sobreviventes do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, em 1945 – ano do fim da Segunda Guerra Mundial.
Dentre as sobreviventes vítimas do regime nazista estava o judeu austríaco Viktor Emil Frankl (26 de março de 1905 – 02 de setembro de 1997), médico neurologista e psiquiatra que ficou conhecido no mundo por sua resistência ao nazismo, mas também pela prática de uma medicina que estudou e praticou: a logoterapia, que se originou de sua experiência sofrida nos campos de concentração nazistas.
Durante o período em que ficou subjugado ao regime nazista, Viktor Frankl percebeu que tanto ele quanto as pessoas mais resistentes ao sofrimento a que eram submetidas nos campos de concentração apoiavam suas forças num bem maior, que poderia ser, por exemplo, sua fé, sua profissão ou o desejo de encontrar um ente querido longe daquele martírio futuramente.*
Ou seja, eram pessoas que tinham motivos para lutar e sobreviver; poderiam estar debilitadas fisicamente, mas permaneciam firmes de espírito. A partir desta constatação, Frankl fundamentou as bases da logoterapia e a propagou após ser libertado do nazismo.
A logoterapia tem por finalidade ajudar seus pacientes a encontrar o sentido de suas vidas. “Cada época tem suas neuroses e necessita de uma psicoterapia específica. O homem de hoje sofre de um profundo sentimento de insignificância, intimamente conectado a uma sensação de vazio existencial”, escreveu o médico, no livro O Sofrimento de Uma Vida Sem Sentido**. Para Frankl, o homem é capaz de suportar tudo, menos a ausência de sentido em sua vida.
Os resultados conquistados pela logoterapia ao longo dos anos mostram um alto nível de eficiência em seus tratamentos sobre neuroses, psicoses, conflitos e transtornos de pacientes. A logoterapia pode ser aplicada em diversos casos, como terapia para casais ou para pessoas que padecem de problemas sexuais, por exemplo.
Há até registros de queda de 40% para 17% do número de reincidência de jovens criminosos submetidos a tratamentos logoterapêuticos, num centro de reabilitação na Califórnia (EUA). Num outro centro de reabilitação californiano, este para dependentes químicos tratados com a logoterapia, a média de êxito nos tratamentos subiu do comum de 11% para 40%.***
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Para aqueles que desejam experimentar seus tratamentos ou conhecer mais sobre a logoterapia, podem fazê-lo consultando o psicoterapeuta mais próximo de você ou lendo as obras do próprio Viktor Frankl.
Texto escrito e enviado por Carlos Gomes.
Referências:
*CARVALHO, Olavo de. “A mensagem de Viktor Frankl” – O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, p. 49 – Editora: Record, 2013.
**FRANKL, Viktor. O Sofrimento de Uma Vida Sem Sentido, p. 9 – Editora: É Realizações, 2015.
***FRANKL, Viktor. O Sofrimento de Uma Vida Sem Sentido, p. 17 – Editora: É Realizações, 2015.