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Consciência Prânica – Elevando as nossas vibrações

Homem sorrindo com um jardim ao fundo.
Escrito por Silvia Jara
No próximo dia 04 de Novembro, o Rio de Janeiro terá o prazer de receber o evento “Rio Desperta 2018”, na Cidade das Artes, onde serão apresentadas ao público a filosofia e a prática das principais linhas de meditação. O encontro inédito reunirá diversos palestrantes, entre eles: Oberom, que nos concedeu gentilmente uma entrevista.

Oberom nasceu em 23/08/1984, em uma comunidade alternativa no sul de Minas Gerais, onde vivem famílias que buscam uma vida simples e com pensamento elevado. É formado em Educação Física e pós-graduado em Nutrição Humana e Saúde pela UFLA – Universidade Federal de Lavras, com especialização em Yoga pelo Instituto Lonavla (Índia), realizado por meio da FMU (São Paulo). Realiza palestras e workshops sobre Consciência Prânica, Yoga e veganismo, trabalha como facilitador do Prana Prasakti no Portal Parvati, em Minas Gerais. Ele também é autor dos livros “Viajando na Luz”, “No Fluir da Felicidade” e “Vegan Yoga”. É professor de Yoga registrado na Aliança do Yoga, com formações de Yoga no Brasil e um treinamento pelo PVA School of Yoga na Índia. Iniciado pelo Swami Prakashamayananda, do pensamento Advaita, do Sri Lanka.

Entrevista

Olá, Oberom, muito obrigada por nos conceder essa entrevista! O EuSemFronteiras é um site que surgiu com o propósito de compartilhar informações que ajudem pessoas que buscam o autoconhecimento, que estão passando pelo despertar da nova consciência cósmica e que procuram formas naturais para buscar o equilíbrio físico, mental e espiritual. Para atingir esses objetivos, publicamos conteúdos inéditos na internet e que são elaborados por especialistas de diversas áreas, que aceitaram a missão de compartilhar conosco e com o nosso público esses objetivos.

Nosso público é formado de uma maioria feminina, com idade entre 30 e 60 anos, e que tem um verdadeiro interesse nos assuntos que postamos.

Considerando esse contexto, gostaria que discorresse um pouco sobre como a Consciência Prânica, o Veganismo e o Yoga podem colaborar com as nossas leitoras e com os seus propósitos de vida? Como essas questões se alinham com a questão do autoconhecimento, consciência e equilíbrio?

R: A Consciência Prânica se baseia na promoção da elevação vibratória do ser por meio da consciência e estado de Presença, então, é basicamente trabalharmos com autoconhecimento e equilíbrio. A postura vegana é consequência de uma compreensão maior, está ligada a esse despertar de consciência, além de compreendermos que o que ingerimos interfere no que pensamos, então, se a nossa busca é por autoconhecimento e equilíbrio, saber o que se come faz parte disso e percepção mais holística faz parte do Yoga. Se para nos sintonizarmos com o nosso propósito de vida precisamos sondar a natureza de nosso ser, vamos precisar nos atentar aos elementos básicos inicialmente, como a alimentação, a qualidade de presença e o cuidado com o nosso corpo e energia, alinhando tudo isso à observação de princípios.

Mulher de costas com os braços abertos e ao fundo há a paisagem de uma praia ao fim de tarde.

Conte-nos um pouco mais sobre a Consciência Prânica. Qual a relação dessa prática com a qualidade de vida das pessoas? Ela imprime uma nova forma de enxergar a existência? De que forma?

R: Observar a nossa vida como uma sucessão de eventos que se conectam de forma voluntária ou involuntária pode nos levar à compreensão de que precisamos assumir nossa vida com autorresponsabilidade, mas não apenas das atitudes que tomamos, também de nossos pensamentos, de nossa vibração, o que a nossa presença emana no mundo. Se vivemos conscientes desse fenômeno que é a nossa interferência sutil em toda manifestação, passamos a cuidar com diligência do que estamos semeando no mundo e, assim, promovemos uma elevação coletiva. Sim, as nossas vidas ganham uma qualidade especial, pois passamos a atrair aquilo que emitimos conscientemente e isso vai se potencializando, tocando em outras vidas. Isso é a Consciência Prânica, essa qualidade de consciência que eleva a vibração individual e planetária.

Como a Consciência Prânica, o Yoga e a Alimentação Vegana se inter-relacionam? A prática de uma acaba levando à outra? Por quê? Ou não necessariamente?

Mulher respirando profundamente de olhos fechados.

R: A Consciência Prânica, o Yoga e a alimentação livre de violência estão intimamente relacionadas, todas essas práticas envolvem a observação de princípios, e os princípios são iguais, baseando-se muito na Paz, no Amor, na Compaixão e na Verdade. A Consciência Prânica precisa conquistar o estado de presença, o Yoga promove o estado de presença, a Consciência Prânica busca uma elevação vibratória e a observação dos fluídos sutis que emanamos por meio de nossos pensamentos, a alimentação é fator determinante nesse processo. Sim, as três práticas estão intimamente conectadas, na verdade, eu considero a Consciência Prânica e a alimentação consciente parte do Yoga.

Quais são os principais benefícios que a integração dessas práticas pode trazer para a vida das pessoas?

R: Acredito que a maior parte das aflições humanas está relacionada à falta de presença, vivemos no passado (memórias, traumas, conflitos e amores), o que gera depressão, e estamos sempre no futuro (controle, projetos, preocupações e medo), o que gera ansiedade. A permanência no momento presente pode ser revolucionária. Essas três práticas levam a isso, além de trazer mais consciência para a nossa vida prática, nutrindo o nosso discernimento, promovendo escolhas mais conscientes. E isso traz plenitude para as nossas vidas, desperta gratidão e contentamento.

Sua formação é em Educação Física. Como foi o seu despertar para as questões conscienciais? Ao que você atribui esse movimento? E como a Yoga e a alimentação Vegana foram incorporadas em sua vida?

Homem moreno com os olhos fechados e com as mãos em posição de oração.

R: Me formei em Educação Física já dando aulas de Yoga. Então, pude extrair do curso muito daquilo que realmente poderia complementar e aprofundar o meu estudo com o Yoga. A ciência do Yoga envolve muito autoestudo e compreensão ou investigação sobre essas questões conscienciais, então, isso veio crescendo em mim, os meus pais já eram praticantes antes de eu chegar ao mundo, tive essa sorte de ter o Yoga sempre de mãos dadas comigo. A alimentação vegana veio junto da compreensão do que é a postura vegana, ou seja, o respeito por todos os animais não humanos e a promoção de seus direitos para findar na liberdade que lhes constituem naturalmente e que a nossa sociedade roubou-lhes. Esse despertar aconteceu quando eu tinha 20 anos, há 14 anos. Considero a decisão mais importante de minha vida, não apenas por promover benefícios em minha vida, mas também por estar alinhado com a Cultura de Paz, a preservação da Natureza e, principalmente, pela ética, por promover vida. Sinto que me tornei bem mais coerente com tudo o que acredito.

Como passou da prática dessas atividades para o reconhecimento da necessidade/desejo de compartilhar esse conhecimento com as pessoas? O que o impulsionou a partilhar isso tudo?

R: Inicialmente, eu comecei a falar da questão animal por perceber que as pessoas não tinham informação, não sabiam de onde vinha aquilo que elas comiam, a mídia camuflava, os profissionais da saúde traziam sempre informações controversas e os animais continuavam sofrendo, comecei aí. Depois que realizei o Prana Prasakti, retiro de 21 dias ligado à Consciência Prânica, então, esse tema foi somado em minhas palestras. Bom, o Yoga sempre esteve junto de tudo isso. Hoje, concilio todos esses temas dentro de retiros de Yoga, às vezes, dentro de cursos de formação de professores de Yoga. Também conduzimos grupos para a Índia e os temas entram no pacote também. Por esse motivo que me considero um ativista pró-consciência, talvez pareça pretensioso, mas é simplesmente porque os temas que trabalho envolvem a postura ética e consciente.

Duas vaquinhas com as cabeças encostadas uma na outra.

Podemos assumir que os nossos leitores estão sempre em busca de informações acerca do Yoga, da expansão de consciência e de mais qualidade na alimentação. O que você teria a dizer a eles? O que você acredita que poderia estimulá-los a seguir em frente nesse caminho?

R: Se há real interesse, acredito que tudo o que buscamos chega a nós, mas concordo que podemos buscar mais informações sempre. Minha dica é que se consulte sempre dentro que aquilo é ressonante à verdade que trazemos. Também gosto muito daquilo que seja simples, até porque reconheço que o êxito vem da disciplina. Se for muito complicado, não conseguiremos sustentar disciplina nenhuma. A alimentação é consequência de um estado de consciência que pode ser ativado artificialmente por meio de informação, saber o que está por trás, para isso existem vários documentários bastante esclarecedores.

Ser vegano ainda parece algo difícil para a maioria das pessoas. Temos ainda um mercado muito focado na produção de produtos lucrativos para as indústrias alimentícias. Que conselho você daria para aqueles que estão buscando formas mais adequadas para se alimentar?

R: Reconheci que se eu não soubesse a verdade por trás dos produtos de origem animal e só buscasse a saúde, nunca teria mudado… E se mudasse, não seria capaz de sustentar isso. Mas depois de me dar conta da quantidade de sofrimento que eu promovia, tinha certo que não podia continuar e foi sem esforço, simplesmente a consciência está ali, não dá para comer um pedaço de queijo sabendo que bezerrinhos morreram para produzi-lo. Então, acredito que a informação é a chave, depois vamos nos dar conta de que existe um outro mundo de possibilidades muito mais rico e saboroso, não nos sentiremos desfalcados. Para os desafios que vamos enfrentar, temos a nossa inteligência e habilidade criativa para superá-los. O maior desafio não é encontrar o que comer (já existe tudo na versão vegana), mas, sim, a questão social, o quanto ainda discriminam e colocam peso em nossa jornada, o quanto trazem para nós falácias científicas para desistirmos, mas então pensamos no bezerrinho e simplesmente não dá para participar daquilo.

Experimente por 21 dias! Já na primeira semana estará se sentindo muito melhor, sono, intestino, disposição, vale a pena nesse sentido também!

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Nós, do EuSemFronteiras, queremos agradecer sua disponibilidade em compartilhar conosco e com os nossos leitores os seus conhecimentos e experiências. Gratidão imensa!

Sobre o autor

Silvia Jara

Depois dos dois primeiros anos do Eu Sem Fronteiras, resolvemos atualizar nossas informações e isso foi um belo exercício de reflexão!
Nosso propósito sempre foi ajudar as pessoas na busca do autoconhecimento e eu, pessoalmente, não fiquei isenta disso.

Em meu perfil anterior disse: “olhando para trás percebo que, em minha vida, as coisas sempre aconteceram de maneira fluida, sem muito planejamento, embora tenha verdadeira admiração pelo planejamento ‘das coisas'”. Hoje entendo que foi o foco no presente que me fez seguir o fluxo da vida em muitos momentos, sem me preocupar com o ontem ou com o amanhã. As coisas caminharam como deveriam ser.

Minha paixão pela publicidade se transformou na paixão por pessoas, comportamentos, sentimentos, atitudes e, principalmente, na capacidade e necessidade do ser humano de se comunicar, compartilhar e crescer. Minha formação acadêmica em Publicidade não mudou, mas minha formação humana tem sofrido diversas e importantes mudanças no sentido de compreender que sozinhos não chegaremos longe. Somos um sistema e como tal, precisamos uns dos outros.

Minha capacidade analítica e observadora, aplicada à Pesquisa Qualitativa de Mercado que, até então, me serviu para compreender o comportamento de consumo das pessoas e grupos, agora parece muito mais voltada a me compreender, a olhar para dentro de mim e buscar minha essência verdadeira. É praticamente impossível ficar ilesa, isolada e desconsiderar tantas informações e conteúdos com os quais lidamos no dia a dia de nossa redação.

Hoje entendo que o trabalho em áreas comerciais, marketing de empresas, agências de publicidade e a atuação em pesquisa de mercado estavam me preparando para esse mergulho no autoconhecimento. Nada é coincidência!

A curiosidade pelo mundo espiritual, pela meditação, pela metafísica, pela energia vital está se transformando em novos conhecimentos e práticas: Reiki, Apometria, Constelação Familiar, Thetahealing, PNL, EFT, Florais e tantas outras técnicas. Sigo acreditando que o questionamento, a busca de informação e a vivência me levarão a conhecer minha missão de vida, meus caminhos e minha plenitude.

Trabalhando no Eu Sem Fronteiras desde 2014, tenho aprendido muitas coisas, vivenciado outras tantas e não sei onde isso chegará! O que me importa é continuar nessa busca. É um caminho sem volta no qual o grande objetivo é aceitarmos que somos sujeitos de nossa própria vida, os únicos capazes de transformá-la.

Grande abraço e muita luz!

Email: silvia@eusemfronteiras.com.br
Site linktr.ee/silviajara.terapias