A priori, ofereço este trabalho como que um pedido às autoridades e aos órgãos competentes. Não é de hoje que encontramos relatos diversos sobre o preconceito e a má vontade de atendimento para com os autistas. Eles encontram dificuldades em diversos aspectos.
Por se sentirem abandonados, os pais dos autistas criam movimentos com a intenção de serem ouvidos, para serem enxergados pelo poder público.
Muitos não conseguem matricular seus filhos em colégios da rede pública, por faltarem profissionais qualificados para atenderem aos autistas. Mesmo os pais que tentam dialogar para matricular seus filhos em escolas privadas também encontram uma série de problemas.
Em um colégio público, os autistas não encontram a atenção que eles merecem, exatamente por conta da lentidão nas políticas públicas em relação à educação para os autistas. Poucos são os pontos onde uma criança ou adolescente autista possa se sentir parte da sociedade.
Em relação à saúde, os problemas são os mesmos ou piores, pois muitos precisam de seus medicamentos, que, por direito, deveriam ser distribuídos pelo SUS.
Entretanto são muitas as vezes em que os pais precisam comprar os medicamentos em farmácias, por estarem em falta nos postos de saúde.
Sem falar do preconceito que os autistas enfrentam na sociedade. São tantas as dificuldades que somente por meio de bons representantes em Brasília é que a vida dos autistas poderá melhorar no Brasil.
O Dia Internacional da Conscientização do Autismo é uma data que deveria ter dois propósitos:
- Revisar o histórico social e a situação atual para, por meio de pesquisa, detectar os pontos cegos em que ainda faltam leis mais rígidas ou intervenções. Isso deveria ser feito com agilidade.
- A outra seria a ação direta por intermédio dos meios legais, em que o poder público utilizaria os recursos, criando um tipo de reserva com os recursos arrecadados para: investir na saúde, educação e outros tipos de necessidades dos autistas. Isso poderia ser feito após um levantamento periódico (especialmente nessa data), para que a data não fique apenas como mais uma no calendário comemorativo na luta pelos autistas.
Acima de tudo, que esta data seja um “plus”, uma ação realmente transformadora por parte do poder público.
Obviamente, isso teria de ser feito com planejamento, respaldo e segurança jurídica, bem como cronograma e acompanhamento em todo o território nacional.
É viável, basta haver vontade de criar, pois os recursos para atender aos autistas poderia sair de impostos, arrecadações ou até mesmo – e por que não?! – dos salários absurdos dos deputados e senadores.
O fato é que existem diversas possibilidades, basta pesquisar e ouvir os especialistas na área. Obviamente eles devem ter métodos melhores do que estes que eu deixo registrados aqui. Afinal, eu, Nilo Deyson Monteiro Pessanha, sou filósofo, e não médico, quiçá especialista em problemas relacionados com os autistas.
No entanto, como cidadão, observando essa data, quis registrar minha opinião aqui para que, quem sabe, além de contribuir no sentido de conscientização, eu possa atingir algum representante do poder público, seja vereador, deputado ou outro cargo qualquer.
Que se possam criar leis rígidas para dar ao autista uma vida digna, em que se dê o direito:
- à educação digna e específica;
- aos medicamentos e atendimento na saúde;
- bem como seus direitos sociais e previdenciários.
Enfim, tenho muitos amigos pelo Brasil que são pais de autistas e vejo apenas a ponta do iceberg de suas lutas com seus filhos. Eles são anjos, crianças e precisam de amor e compreensão.
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Namastê sempre, gratidão sempre!!!
Se os autistas não tiverem representantes no Legislativo que possam trazer resultados positivos, então nenhum deles merece nosso voto. Vamos fiscalizar quem são os políticos que lutam de verdade pelos nossos anjinhos e incentivá-los a continuar lutando. Se em outros países existem políticas públicas eficazes que dão toda a segurança e qualidade de vida aos autistas, é hora de fazer barulho e fazer com que os representantes em Brasília possam se inclinar às reivindicações dos autistas.”