Comportamento

O consumo de tantas informações é saudável ou prejudicial? O que dizem os especialistas?

Homem de negócios usando tablet em fundo azul
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Desde o surgimento dos primeiros folhetins, diários e jornais, acontecimentos de determinada região tornaram-se públicos e acessíveis para parte da população. Com o tempo, essa rede de notícias se expandiu para todos os países e para outros meios de comunicação emergentes, como a televisão e o rádio. Mas a transmissão global de informações e notícias tornou-se ainda mais desenvolvida com o surgimento da internet e das redes sociais.

ícones das redes sociais organizadas em círulo

Ao mesmo tempo em que a disseminação rápida dos mais diversos acontecimentos tenha facilitado a ampliação de uma rede de conhecimento sobre todo o mundo, também no que diz respeito às culturas de inúmeros povos, alguns problemas surgiram disso. Além da disseminação de informações falsas ou da discussão sobre o que pode ser considerado fato e o que pode ser considerado opinião, a sobrecarga de informações — termo desenvolvido por Alvin Toffler, em 1970 — é um problema que tem afetado negativamente a população mundial.

O que dizem os especialistas?

O cardiologista Carlos Alberto Pastore explicou para o programa Rota Saudável, da Rádio Estadão, que a exposição ao excesso de notícias, de reportagens e de anúncios pode gerar a Síndrome de Fadiga por Informação. Como consequência dessa síndrome o médico cita: os danos à memória e dificuldade para tomar decisões. Para ele, é mais cansativo para o cérebro armazenar dados, definir quais informações são importantes e se lembrar de tudo o que a maioria das pessoas têm acesso.

A empresa de segurança cibernética, Kaspersky Lab, encomendou uma pesquisa que apontou a existência de outro problema, conhecido como Amnésia Digital. Essa consequência da sobrecarga de informações se manifesta quando uma pessoa esquece uma informação por imaginar que ela está armazenada em um dispositivo digital, podendo ser retomada posteriormente. Nem sempre é isso o que acontece. Por isso, o psiquiatra Mário Louzã, do Hospital das Clínicas de São Paulo, destaca a importância de filtrar as informações que recebemos para que o cérebro seja capaz de armazenar somente aquilo que for importante e que precisamos nos lembrar no futuro.

Como combater?

Uma forma de combater as desvantagens da circulação intensiva de informações é escolher alguns dias ou momentos do dia para se desconectar das redes sociais, televisão e rádio, afim de descansar a mente dessa sobrecarga.

Outra forma de evitar a Síndrome de Fadiga por Informação é selecionar as fontes de informação antes de lê-las por completo: avaliar a confiabilidade do veículo e o ineditismo do tema já são meios de filtrar a quantidade de textos, vídeos ou imagens sobre determinado assunto.


Você também pode gostar de outros artigos deste autor. Acesse:

Sobre o autor

Eu Sem Fronteiras

O Eu Sem Fronteiras conta com uma equipe de jornalistas e profissionais de comunicação empenhados em trazer sempre informações atualizadas. Aqui você não encontrará textos copiados de outros sites. Nossa proposta é a de propagar o bem sempre, respeitando os direitos alheios.

"O que a gente não quer para nós, não desejamos aos outros"

Sejam Bem-vindos!

Torne-se também um colunista. Envie um e-mail para colunistas@eusemfronteiras.com.br