Se você tivesse acesso à quantidade de comida que desperdiça mensalmente, provavelmente ficaria chocado. Imagine então a quantidade de desperdício gerado por restaurantes, supermercados e distribuidores de alimentos em geral.
Sem dúvida, é uma quantidade que você dificilmente conseguiria imaginar. Isso acontece porque quando descartamos aos poucos não temos a real dimensão do problema. O importante, na verdade, é que isso pode ser reduzido.
Alguns projetos como o “The Real Junk Food Project” deram os primeiros passos para que este desperdício de comida seja reduzido. Idealizado e iniciado por um jovem inglês, o projeto visa reduzir o desperdício por meio da redistribuição de alimentos que seriam inicialmente descartados por restaurantes, redes de fast food e, principalmente, grandes supermercados.
Alguns alimentos são considerados impróprios para venda, mas não necessariamente para o consumo. Algumas redes de fast food, por exemplo, devem descartar seu lanche se ele ficar mais de 15 minutos pronto esperando algum cliente. Dificilmente este lanche está impróprio para consumo e pode ser reaproveitado para alimentar as mais diversas pessoas.
Isso porque o projeto é sobre desperdício de comida e não sobre pobreza, então, eles alimentam e repassam os ingredientes para qualquer tipo de pessoa que frequentar algum de seus diversos cafés espalhados por vários países. Os cafés têm o conceito de “Pay as you feel”, logo, você se alimenta e contribui com o valor que quiser e/ou puder. Caso não possa contribuir financeiramente sempre existe a opção de ajudar se voluntariando para algum auxílio que a casa precisar.
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Uma das grandes vantagens de projetos como esse é o poder que eles têm de influenciar outras pessoas e criar uma rede cada vez maior contra o desperdício e a favor da solidariedade. Afinal, é um exemplo de como é possível lidar com problemas que todos jogam para o Poder Público, mas dificilmente tomam para si.
No Brasil, o projeto Comida Invisível é uma boa iniciativa que visa reciclar alimentos considerados impróprios para a venda e torná-los acessíveis e indicados para pessoas que necessitarem, além de fazer um serviço de educação que orienta formas de evitar o desperdício caseiro durante a preparação de suas refeições.
Imagens: Divulgação
Texto escrito por Roberta Lopes da Silva da Equipe Eu Sem Fronteiras.