O mundo quotidiano é demasiado atribulado e muitas vezes quando a família chega a casa ao final do dia todos vêm exaustos. Por vezes a paciência que devia ser dispensada com os mais novos não é a suficiente e, para ter uns momentos de descanso, não é incomum ver os pais recorrerem ao uso da tecnologia.
A televisão, o tablet ou o computador são, nos dias de hoje, aliados para que as crianças fiquem quietas e distraídas. No entanto, não devemos esquecer que o exagero nunca fez bem a ninguém e que esses dispositivos não substituem os pais nem são tempo de qualidade se forem usados recorrentemente. Quando a criança é maior deve-se ter atenção ao tempo que fica de frente a esses aparelhos e controlar os conteúdos que assiste.
Quando a criança já tem mais autonomia, os cuidados devem ser redobrados. Se um determinado dispositivo, como uma tablet, é de uso exclusivo da criança, os pais não devem se esquecer de, além de supervisionar a navegação na internet, adicionar uma lista de restrições, ou seja, há sites e pesquisas que simplesmente não podem ser vistos ou descobertos. Mesmo sites como o YouTube têm muito conteúdo não próprio para a idade. Mesmo que a criança não saiba escrever, os controles por voz são um aliado que muitas vezes a leva longe demais.
Por outro lado, outra grande ameaça são as redes sociais e, principalmente, os aplicativos de chat. Se o filho é menor e não tem idade suficiente para realizar o que é verdadeiro daquilo que pode ser uma farsa, os pais têm a obrigação de controlar essas atividades. Messenger, Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, entre outros, podem ser veículos de acesso rápido aos nossos filhos por parte de estranhos.
Os pais e educadores devem ainda conversar sobre os perigos reais do mundo virtual e ensinar regras básicas, por exemplo, nunca partilhar conteúdo pessoal como fotos ou dados pessoais. As crianças devem ter, desde logo, a consciência de que aquilo que está do outro lado pode ser bem diferente daquilo que nos é apresentado.
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O controle deve ser feito pelos pais de acordo com a idade da criança e com o grau de privacidade que necessita. É diferente a vigilância que se deve ter de uma criança de 5 anos e uma de 17. Na fase da adolescência, devem ser criadas estratégias para que o adolescente em questão não sinta que a sua privacidade não está sendo respeitada. Nestes casos, por exemplo, limitar o tempo de utilização dos meios eletrônicos, colocar o computador numa área comum etc.
Há ainda uma série de ferramentas e aplicativos que os pais podem utilizar para ter controle sobre o que seus filhos estão assistindo, tanto de conteúdo quanto de tempo dispensado ou de aplicativos instalados.