Ela é um nutriente com uma considerável lista de benefícios para a saúde em geral. Naturalmente produzida pelo organismo a partir dos aminoácidos L-arginina, glicina e L-metionina (primariamente, nos rins e fígado), a creatina é metabolizada em fosfocreatina (PCr), sendo utilizada pelo cérebro, coração e músculos esqueléticos.
Pesquisadores em Nebraska (EUA) conduziram uma revisão da literatura sobre os benefícios da suplementação de creatina no controle de doenças e ação neuroprotetora e imunomoduladora.
Os resultados foram publicados em International Immunopharmacology. Citaram diversos estudos que usaram modelo animal e observaram que a suplementação oral de creatina promoveu efeitos neuroprotetivos em várias condições neurológicas, incluindo lesões cerebrais traumáticas, doenças de Huntington e Parkinson. Dentre outras condições neurológicas analisadas extensivamente, o estudo de revisão analisou as propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes da creatina, bem como os seus possíveis benefícios para o sistema imune.
A creatina tem um preço bem mais acessível em comparação com a maioria dos agentes neuroprotetores e imunomoduladores. A maioria dos estudos foram realizados em roedores, com efeitos muito positivos para controle e melhora de doenças neurológicas, mas ainda faltam estudos em humanos que avaliem a ação da creatina.
Destaques do estudo de revisão:
• A creatina aumenta a hiperresponsividade das vias aéreas em camundongos;
• A produção de mediadores solúveis, tais como: IL-4, IL-5 e IL-6 (marcadores inflamatórios), é alterada pela suplementação de creatina.
Estudo de revisão: Riesberga LA, et al. Beyond muscles: The untapped potential of creatine. International Immunopharmacology, 2016. Doi:10.1016/j.intimp.2015.12.034
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