Alimentamos de amor os nossos filhos ou os educados por nós quando damos limites. Já percebeu que quando não há limites não há respeito? Que a admiração provém daquele que vê no outro alguém em potencial de comando?
Isso está no código genético da dependência natural que a criança tem sob o adulto. A inconsciência da necessidade em ser cuidado é um instinto de sobrevivência que reflete nos limites os cuidados para consigo mesmo.
Por exemplo, o bebê às vezes tarda a andar com medo de cair. Se o adulto o incentiva com sorrisos e sonorização de felicidade pela tentativa do bebê em andar, o remete a tentar pelo simples condicionamento hormonal da compensação. É a figura adulta sendo responsável pelo incentivo e da mesma forma responsável pelo limite, já que o comportamento do bebê pode ser estimulado ou inibido pelo incentivo ou pela ordem.
O respeito pelo limite é um traço genético da sobrevivência em que essas barreiras são o raciocínio do adulto que ainda não está desenvolvido pela criança. É como se as conexões cerebrais que faltam na criança, pois ainda estão sendo formadas as mielinizações, fossem completadas pelo adulto. Criando uma dependência natural dentro de uma consciência instintiva em que o inconsciente projeta a necessidade de obedecer e cooperar com o adulto para que possa alcançar o desenvolvimento.
Quando damos limite, alimentamos essa conexão entre o adulto e a criança, que verá nele o responsável por ela, por quem ela tem que ter amor. O amor vem da similaridade cognitiva genética, externa e da segurança em poder contar com o outro, ou seja, quando damos limite, estamos confirmando a responsabilidade e o símbolo patriarcal que resulta nesses sentimentos profundos.
Somos o modelo para os educados por nós. O exemplo de autoridade a quem se confia, de quem se depende, a quem se admira por dependência acabando por se espelhar.
Somos o exemplo e a cópia dos nossos erros, não podemos reclamar, e sim apenas também nos modular. Uma cópia cognitiva fica instalada na memória. Revelando a cognição do educado.
A criança aprende por meio da rotina e da disciplina a discernir o certo do errado e o bem do mal.
É na fase de bebê a criança que moldamos a ética do adulto, educando-o por meio de uma rotina, já que a repetição reforça as sinapses, transformando memórias de curto prazo em memórias de longo prazo, que ficam armazenadas no córtex. A disciplina ensinada em uma rotina reforça esse armazenamento, criando assim uma racionalidade ética mediante os discernimentos ensinados pelos adultos em relação à ética e moral para que sejam adultos mais bem desenvolvidos e incluídos na sociedade na qual foram criados.
Só saberemos identificar melhor o sim quando tivermos a consciência do não. Só seremos adultos organizados quando tivermos uma noção do que é organização e a sua falta, em que acarretam as consequências. E a fase para criar alguém educado e organizado é na infância por meio de regras. Não podemos admitir uma evolução natural sem regras num cérebro em desenvolvimento.
Já ouviu falar em crianças que foram criadas com animais e tiveram comportamento similar ao desses animais? Ou seja, é de natureza genética a necessidade de um educador para moldar o que será o jovem que vai buscar a sua independência. Nós, humanos, nascemos, reproduzimos, criamos o produto de nossa reprodução para depois morrermos, já que o papel foi cumprido. Temos que entender a nossa responsabilidade na vida para que possamos ensinar responsabilidades, que simplesmente fazem parte de um percurso natural.
O sim não é questionado, o não vem acompanhado do porquê? Isso acontece porque o sim é condicionado pelo que acha ser possível e é contínuo, já que já está sendo praticado e o não é o limite, o stop da ação. Se andamos numa estrada em que há duas direções, em que é só escolher seguir reto, que é mais fácil, ou ter que frear para virar à direita, é mais fácil ir reto do que virar à direita. O não é a interrupção do que se acha ser o certo e impacta dizendo que é errado e por isso vem o questionamento. É nesse momento que ensinamos, pois se formos reto já parece saber o que fazemos, mas quando temos que frear temos que entender o motivo.
Segurança, vamos tratá-la como um adjetivo de similaridade. Segurança, no geral, é sentir-se seguro por alguém que não deixa cair do colo, por alguém que mata a fome, por alguém que está ali para amparar e com quem contar. Sentimos falta dessa segurança em todas as etapas da vida. Uma família estruturada traz essa segurança de um prédio com bases que não o deixarão desmoronar. É a certeza de um ou mais indivíduos com que se possa contar.
A organização – as regras, as horas determinadas – é um mecanismo de ensinamento em que moldamos a conexão desde a infância para que a criança seja um adulto organizado. E organização está relacionada ao equilíbrio que resulta em um melhor bem-estar.
Já ouviu a frase “aprendemos com os erros para depois acertar? É com a experiência proveniente do erro que melhor acertamos? O erro é igual ao não, são palavras negativas, adjetivos de resultados similares, já que é com o impacto do não que raciocinamos sobre o motivo para reforçar a memória do que não é bom.
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Excesso de sim resulta em crianças mimadas, e crianças mimadas não são criativas, pois para que utilizar a criatividade se não é preciso o esforço? O sim está relacionado à preguiça mental de raciocinar sobre a questão em si, essa preguiça é um adjetivo do mimado, que não quer se esforçar para buscar na criatividade artifícios para as conquistas. Não estou dizendo que o sim não pode ser dado, sim, o sim é dado quando se está correto. Se a ação é correta, então o sim determina que está correto, reforçando as sinapses do que é certo, do que é positivo.
É um papel crucial a educação, seja patriarcal, seja escolar, pois o conhecimento é a constante da modulação da ética e da moral que molda um melhor adulto. Exercer a autoridade com sabedoria é a maior prova de amor que se pode dar ao filho, pois o amor não é presente, é querer um melhor futuro. O amor é para uma vida toda.