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Criança feliz, adulto a cantar…

Escrito por Ludmilla Torres

Como anda a sua autoestima? Você sabia que o quanto nos gostamos e nos valorizamos tem muito a ver com a forma que fomos tratados pelos nossos pais e/ou pessoas muito próximas e importantes na nossa infância?

Tudo começa com os pais. Se eles tratarem seus filhos como seres humanos especiais, lindos, inteligentes e amorosos, a autoimagem dessas crianças será positiva e sadia. Se eles abraçam, beijam e falam palavras amorosas, a criança começa a sentir o quanto ela é querida e especial. E vai se gostando cada vez mais. Ela pensa: “Eu sou importante! Sou especial! Eu gosto de mim! Meus pais gostam de mim! Todo mundo gosta de mim!”. Sua personalidade é formada pela qualidade e quantidade de amor que ela recebe. A criança começa a se relacionar e interagir com outras pessoas como se fosse popular e apreciada. Sua autoimagem é positiva e ela se sente muito bem-amada.

O inverso também é verdadeiro. Se a criança for tratada com indiferença e desprezo, ela terá uma baixa autoestima e dificuldades para se relacionar na vida.

Isso acontece devido a uma das piores coisas que os pais podem fazer com seus filhos: a crítica destrutiva. E, olha como é fácil isso acontecer, geralmente os pais chegam em casa do trabalho cansados e logo começam o ritual: Quem fez isso? Por que isso está jogado aqui? Abaixa o volume da TV! Por que não fizeram a tarefa?

Ao invés de iniciarem este contato com um beijo e um abraço, um “Oi tudo bem? Como foi o seu dia? Estava com saudades!”… E, o resultado de tudo isso é que as crianças vão aprendendo este hábito negativo que dura a vida toda.

Toda criança nasce sem medo e corajosa. A medida que vão crescendo e a curiosidade aumenta, vão mexendo em tudo, descobrindo novas habilidades e as colocando em prática e consequentemente fazem travessuras. Mas, na verdade, elas estão descobrindo um mar de possibilidades. E, então começam a escutar de seus pais: Não mexe aí! Sai daí! Quer cair? E assim por diante… Elas vão pensando que toda vez que tentam algo novo, os pais castigam e a criticam. Então, na cabeça delas, elas pensam que é melhor evitar coisas novas para não criar problemas. Assim começam a desenvolver o medo do fracasso e carregam isso para a vida adulta.

Outro medo é o da rejeição, onde os pais ameaçam a “tirar” o amor caso as crianças façam coisas que eles desaprovem. “Se você fizer isso, vai ficar de castigo. Se fizer aquilo, vou ficar bravo” e assim por diante. A criança começa a perder a sua espontaneidade natural e a pensar: “É melhor eu fazer o que os meus pais querem que nada de mau vai me acontecer”. E assim a criança começa a ficar sensível a opinião de outras pessoas e ao que essas pessoas querem, sentem e esperam e o resultado é viver para agradar os outros. Conhecem alguém assim?

A nossa autoimagem é constituída por 3 partes. A primeira parte é “como você se vê”, a segunda parte é “como você acha que os outros o veem” e a terceira parte é “como as pessoas de fato o veem”.

Na infância, as crianças são influenciadas pelas pessoas a qual elas respeitam e valorizam e isso faz toda a diferença para elas. E como os pais são a principal referência na maioria das vezes, é importante que eles lhe deem amor, façam elogios e as valorizem. Essas simples atitudes farão com que a autoimagem da criança fique cada vez mais positiva e consequentemente será refletida no seu relacionamento com outras pessoas.

Agora, se a criança teve relacionamentos negativos durante a sua infância, com família, amigos ou parentes, sua autoconfiança será abalada assim como a forma de se relacionar com o outro.

Criança com os dedos pintados, mostrando a palma da mão.
yohoprashant de pixabay / Canva

Quanto mais positiva for a autoimagem, mais forte a pessoa se mantém independente do meio em que vive.

Geralmente, os pais não erram porque querem. Eles repetem comportamentos que aprenderam com os seus pais que consequentemente aprenderam com seus avós. Acredito que todos fazem o seu melhor de acordo com o conhecimento que possuem até o momento. O problema é a falta de conhecimento. Eles brigam, castigam de forma emocional e fisicamente de modo que os filhos acabam fazendo de tudo para sair desta situação, causando traumas profundos.

Então, nunca prive seu filho de amor. O maior trauma que pode acontecer a uma pessoa, é ela ser privada de amor na infância. Psicólogos dizem que quase todos os problemas nos adultos acontecem por falta de amor na infância. E, essa falta de amor pode acontecer por desinteresse dos pais ou porque eles também foram privados de amor. Como alguém pode dar ou ensinar sobre um sentimento que não conhece? Então, observe o seu comportamento. Observe o que é o amor e como fazer para desenvolvê-lo ainda mais na sua vida.

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É claro que podemos falar sobre isso durante muito tempo porque esse assunto é muito importante. Mas, se você quer que o seu filho cresça com confiança e autoestima, elogie sinceramente sempre que tiver oportunidade, dê feedback com o foco no futuro (por exemplo: Quando acontecer isso de novo, porque não faz isso?), sem críticas! Adquira novos padrões de hábitos positivos. Ajude o seu filho a associar seus objetivos e ideias a pensamento de prazer e de sucesso e peça para ele sempre repetir frases fortalecedoras como por exemplo: “Eu gosto de mim! Eu posso! Eu consigo!”, até que isso se torne uma verdade absoluta.

Criança feliz, adulto a cantar!

Sobre o autor

Ludmilla Torres

Positive & Business Coaching

Sócia/Diretora na empresa Harmonia Consultoria e Assessoria em Pessoas, com especialização em Positive Coaching e Business Coaching, por meio de metodologias cientificamente validadas pela Sociedade Brasileira de Coaching.

Engenheira Química formada pela Faculdades Oswaldo Cruz, atuou em empresas no ramo de plásticos na área laboratorial, como gerente no segmento de alta renda no setor financeiro, foi sócia proprietária de uma loja de acessórios femininos e sócia proprietária da Empresa Harmonia Consultoria e Assessoria em Pessoas Ltda. Certificada em Personal & Professional Coaching, Positive Coaching e Business Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching.

Certificada pelo ThetaHealing Institute of Knowledge que é uma técnica que ensina a identificar e mudar crenças, sentimentos e padrões bloqueadores, criando imediatamente uma nova realidade para a vida. Conhecimentos que geram resultados maximizados em comportamentos, para uma atuação eficaz com Business, Positive e Executive Coaching.

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