Convivendo Educação dos filhos

Criando filhos de forma consciente – Simplifique

Escrito por Andreia Howell

– Métodos disciplinares duros são mais dolorosos do que úteis: Enxergue as situações como uma oportunidade para educá-los, para eles crescerem, e uma chance para você simplesmente amá-los. Se seus pais eram disciplinadores, isso não significa que você precisa ser igual. A convivência com os nossos filhos deve ser alegre, e pode ser, quando priorizamos a conexão com os nossos filhos ao invés do controle.

– A principal maneira de ensiná-los é pelo seu exemplo:

Esta é a maneira principal de ensinar-lhes qualquer coisa, através do seu exemplo, como você se relaciona com o mundo. Se você quer ensiná-los a não brigarem, seja pacífico. Se você quer ensiná-los a serem boas pessoas, seja atencioso, amoroso e consciente de suas ações. Se você quer ensiná-los a não ficarem muito tempo em frente às telas, faça o mesmo. Se você quer que eles sejam ativos, se alimentem de forma saudável, leiam, meditem… então você precisa fazer isso. Converse com eles sobre o que você está fazendo, o porquê e o que você aprende fazendo isso. Eles aprendem quase tudo o que as pessoas ao seu redor fazem. As crianças aprendem o que elas vivem!!!

Imagem com a frase “A maneira mais poderosa de mudar o mundo e viver nossas vidas na frente dos nossos filhos da maneira que gostaríamos que o mundo fosse” . Ao fundo é possível ver a mão de uma pessoa segurando uma tigela de madeira com folhas coloridas.“A maneira mais poderosa de mudar o mundo e viver nossas vidas na frente dos nossos filhos da maneira que gostaríamos que o mundo fosse” (Graham White)

– Não se sinta obrigado a saber tudo:

Embora você deva tentar fazer o seu melhor na vida, tenha a humildade de admitir que você não sabe tudo e nem tem a obrigação de saber. Na verdade, sabemos muito pouco. Eu não posso sempre achar que estou certa, nem posso fingir ter todas as respostas, mesmo que seja a mãe. Talvez nossos filhos saibam alguma coisa que nós não sabemos. Talvez possamos aprender juntos… mas comece dizendo: “Não tenho certeza, vamos descobrir!” Na mentalidade do não-saber é onde a aprendizagem começa, o espaço que podemos explorar juntos, o espaço onde nos tornamos abertos uns aos outros. Muitos pais (e pessoas em geral) vêm até você com a postura de que sabem exatamente o que estão fazendo, sabem as respostas. Isso não deixa espaço para mais nada.

– Admita quando você está errado:

Peça desculpas. Faça certo. Quando eu acho que estou certa, e insisto nisso, muitas vezes é quando estou errada. E isso já aconteceu várias vezes. O que aprendi é: em vez de continuar fingindo que estou certa, é muito melhor admitir que estou errada.

– Diga adeus ao controle:

Mulher branca e jovem sorridente, com sua filha nos ombros. A criança esta com asas de papelão nos braços, brincando de ser um pássaro. Ao fundo há uma paisagem urbana com o pôr do sol alaranjado.

No final, eles serão a pessoa que eles são, você não decide por eles. Cada criança já é uma pessoa totalmente formada quando é jovem. E, claro que a cada ano eles continuam a crescer, mas suas personalidades quando jovens ainda são as mesmas à medida que envelhecem. Nós não moldamos essas crianças, elas já são elas mesmas. Eles escolherão seus próprios caminhos, decidirão qual estilo de vida eles querem e crescerão na direção que escolherem. Não temos controle sobre nada disso.

No final, é isso que nós, pais, precisamos aceitar – nós realmente não controlamos nossos filhos. Nós apenas tentamos guiá-los quando podemos. E amá-los por quem eles são. Eu também ainda estou aprendendo!

A maternidade é criar e celebrar a criança que você tem, não a criança que você pensou que teria. É sobre entender que ela é exatamente a pessoa que ela deve ser. E, se você tiver sorte, ela pode ser o professor que a transformará na pessoa que você deveria ser.”

The water giver


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Sobre o autor

Andreia Howell

Andreia morou na Austrália e desde 2007 reside nos Estados Unidos.

Graduada em Nutrição com Pós-graduação, atuou 15 anos na área de Nutrição Clínica.
Formada em Ballet Clássico dançou e deu aulas no Brasil e Estados Unidos.

O seu estilo de vida trouxe a oportunidade de conviver com indivíduos de diferentes continentes e culturas.
Apaixonada pelos mistérios e enigmas do desenvolvimento humano, nos últimos 8 anos vem estudando e observando o comportamento humano, principalmente ligado a primeira Infância, o que a levou ao processo de desescolarização e um interesse crescente sobre o início da vida e o condicionamento e adaptação da mente humana em diferentes ambientes e circunstâncias.

Seu trabalho tem influência de Gabor Maté, Shefali Tsabary e Gordon Neufeld entre outros.

E-mail: andreiahowell@hotmail.com