Uma relação deve ser sempre repleta de amor, carinho, amizade e, acima de tudo, respeito. Afinal, o relacionamento existe porque o amor e todo o companheirismo que foi construído entre duas pessoas as fazem ter vontade de ficarem juntas e, por isso, ficam. Mas, a liberdade também é primordial para que cada um continue sendo quem sempre foi.
Uma relação amorosa não pode ser uma prisão, onde medo e angústia são sentimentos comuns – aliás, eles nem ao menos devem existir. O medo de agir de forma que o companheiro (ou a companheira) não goste faz com que a pessoa se transforme em alguém que ela não é.
Ela passa a ser dependente da relação. Com o tempo, isso se torna destrutivo. Porque você deixa de fazer o que quer e de ser quem é e se torna marionete da outra pessoa. É como se você sentisse que precisa daquele amor e daquela relação para ser feliz e, por causa dessa dependência, é capaz até de se esquecer de si mesmo.
Porém, o verdadeiro amor nos faz evoluir e crescer, de acordo com o que nós queremos verdadeiramente.
Lembre-se que, em um relacionamento, sua autoestima deve estar sempre alta, você deve estar feliz, seguro de si, com vontade de superar seus limites e conquistar sonhos.
Estar com alguém que te faça sentir que ser você não é suficiente e que te coloca para baixo não é saudável. Você deve se lembrar (e seu parceiro também precisa te lembrar) que é uma pessoa ótima, capaz de conquistar tudo e ser quem quiser.
Estar com alguém que te faça esquecer de si próprio, que tenha ciúmes exagerado e que tente controlar cada passo que você dá é horrível e, inclusive, perigoso. Um relacionamento amoroso não significa que um é dono do outro. Cada um é dono de si próprio, a diferença é que existe alguém para partilhar (e não decidir quais serão) os momentos bons e ruins da vida.
Você não precisa agradar o outro em todos os momentos. Aliás, isso é impossível! Assim como ele fará coisas que você não vai gostar, mas que são importantes para ele e você precisa respeitar, ele precisa fazer o mesmo por você. Não por obrigação, mas sim porque um relacionamento é sempre uma troca.
Troca de experiências, de diálogo, de aceitação e, inclusive, de certos “sacrifícios”, vindos de forma igual dos dois lados. Lembre-se que o equilíbrio deve ser base de qualquer relacionamento – seja ele amoroso, familiar, de amizade, ou o que for.
O equilíbrio deve ser lembrado, inclusive, nos momentos sociais.
Em uma relação, um não é dono do outro. A necessidade exagerada de afeto, assim como o aprisionamento social (ou seja, você precisa estar junto quando ele for sair ou vice-versa) faz com que a pessoa sinta que sua privacidade foi invadida e, com isso, sente que está sufocada.
Entretanto, a dependência emocional faz com que aceite esse comportamento. Mesmo sufocada, você acha que precisa da outra pessoa para ser feliz. E justamente o medo de perder seu parceiro faz com que aceite qualquer atitude.
Se existe medo de ser abandonado, então o amor está enfraquecido. Tenha segurança de si, do amor que vocês sentem um pelo outro, e seja feliz da forma que você é. Lembre-se: se existe amor, existe respeito e compreensão. Você pode (e deve) dizer o que pensa e o que quer.
Muitas vezes, o comportamento dominador do seu parceiro está sendo estimulado por você. Atenção: isso não significa que a culpa é sua. Significa que, ao ficar calada, você permite que ele continue. Deixe claro o que está acontecendo.
Existem alguns sinais que mostram que a relação está abusiva por algum dos lados. São eles: ciúme excessivo, sentimento de posse, tentar controlar as atitudes do outro, os lugares que ele frequenta e a forma como ele se porta, tentar ser superior ao outro na relação, desrespeito e agressões (física, verbal ou psicológica).
Se existe um ou mais de um dos fatores descritos acima em sua relação, você está vivendo um relacionamento abusivo. E se aceita esse tipo de comportamento, está se tornando ou já é dependente emocional do seu parceiro ou parceira.
Assim como existem fatores para identificar a dependência, existem outros para ser menos dependente. O primeiro é ter consciência que você é dependente emocional. Este é o mais importante. Afinal, sair de uma relação de dependência não significa que não entrará em outra, certo? É preciso que seja consciente que isso está em você e que é necessário tratar esse aspecto para superá-lo.
O segundo fator é trabalhar sua autoestima, reconhecer seu valor e realmente acreditar que pode ser feliz sozinho – somente acreditando que é possível ser feliz sozinho você conseguirá ser feliz ao lado de outra pessoa de forma saudável e equilibrada.
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Depois, lembre-se que você toma suas próprias decisões. Não tenha medo de dizer isso e de aplicar esse passo em sua vida. Escute e aceite a opinião do seu parceiro. Afinal, é importante conversar e tentar entender os dois lados e o porquê de cada opinião. Mas, lembre-se: você decide por si mesmo.
E, por último, procure ajuda. Vale a pena conversar com um profissional a respeito e escutar o que ele tem a te dizer. De repente, a sua dependência é um pouco mais severa e precisa de um tratamento personalizado. Acredite, isso apenas te fará bem.
- Texto escrito por Giovanna Frugis da Equipe Eu Sem Fronteiras.