Doutrina Espírita Espiritualidade

Depressão e suicídio: doenças da alma

Pessoa branca mergulhando.
Cristian Palmer / Unsplash
Escrito por Luiz Guimaraes

A depressão, conhecida na antiguidade como “melancolia”, atualmente é um fator preocupante para a prevenção do suicídio. A campanha do Setembro Amarelo foi instituída pela OMS desde 2003, acendendo a cada ano o “sinal vermelho” para os trabalhos de esclarecimento quanto à gravidade desses casos. As estatísticas são alarmantes: a cada 40 segundos um ser humano comete esse desatino e 800.000 pessoas eliminam a vida, por ano, no mundo.

Segundo alguns dados da OMS (2017), a depressão acomete cerca de 350 milhões de pessoas, aproximadamente 4,60% da população mundial, o que enseja as medidas preventivas que são promovidas.

Precisamos entender que o suicida não quer morrer. Ele deseja de forma ilusória libertar-se dos seus problemas…

A vida, sendo vista somente no âmbito material, inibe o despertar para a consciência plena da verdadeira existência que transcende o corpo físico por sua essência espiritual. 

A Doutrina Espírita esclarece bem fundamentada a imortalidade do Espírito. Somos reféns do arquétipo de vidas passadas e as imperfeições que ainda carregamos são as causas dos efeitos danosos que nos acometem.

Enquanto não nos debruçarmos nas raízes do nosso “eu”, não lograremos êxito nessa busca incessante do real sentido da vida. A luta maior que travamos é com o nosso “interior desconhecido”. Na questão 944 de “O Livro dos Espíritos”, consta:

“O homem tem o direito de dispor da sua própria vida?” – “Não, somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma transgressão dessa lei!”. 

No Livro “Vitória Sobre a Depressão”, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, temos: “(…) Podemos asseverar que, na maioria dos transtornos depressivos, as causas apresentam-se como de natureza espiritual.”. 

Mulher branca com maquiagem borrada e segurando folha com desenho em frente ao rosto.
Sydney Sims / Unsplash


Temos também no livro “O Homem Integral”, pelo mesmo Espírito e autor, no Capítulo 9, Ódio e Suicídio:

“(…) O ódio é o filho predileto da selvageria… Quando não pode descarregar as energias em descontrole contra o opositor, volta-se contra si mesmo articulando mecanismos de autodestruição, graças aos quais se vinga da sociedade que nele vige.”. 

A mente insana propicia um campo vibratório denso e negativo, ensejando processos obsessivos e condicionando-nos às enfermidades. Enfim, no Espírito enfermo encontra-se a gênese das doenças do corpo que são consequências das mazelas da alma. 

Há inúmeros tratamentos para a depressão, dentre eles: a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), do psicanalista americano Aaron Temkin Beck. Contudo se não abordarmos essas enfermidades concebendo o homem de forma holística, tratando essencialmente a alma, jamais teremos o êxito almejado. 

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A medicina de hoje já tem um entendimento dessa abrangência e, quando essa tendência tornar-se mais ampla, certamente os resultados serão muito mais promissores. Segundo o Dr. Edwin Shneidman, psicanalista americano:

“O suicídio precisa ser debatido. No silêncio, ele cresce.” (A pureza dos pensamentos enobrece as atitudes). 

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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