Existem muitas pessoas prontas para ditar o que você deve fazer. Opiniões e orientações surgem de todos os cantos. O mundo inteiro parece ter controle sobre você. Quando você escuta os outros, liga a TV ou acessa qualquer rede social, já encontrará todos os padrões estabelecidos e reforçados pela sua participação. Você está sempre interessado, disponível e receptivo, então acaba se afundando nessa ilusão.
Para viver nesse mundo, é preciso esquecer de si mesmo. Não é possível conviver com o que está dentro de você, pois isso é considerado inadequado e não será aceito; afinal, “eles” são muito importantes e têm todo o poder. Você terá que se adaptar, não há outra opção. Para pertencer a este mundo, precisará negar a si mesmo.
Enquanto você não descobrir o seu próprio poder e grandeza, enquanto não perceber que já possui tudo o que precisa para se sentir realizado, continuará vivendo assim: dependente dos outros e em busca de afeto e reconhecimento, direcionando toda a sua energia para aqueles que estão no comando do mundo. Você ao menos sabe quem são eles?
Essa é a vida de conformismo que você escolheu, pois acredita que, sem fazer parte do rebanho, sua vida seria impossível.
Para mudar essa situação, é necessário questionar tudo, fazer perguntas que você nunca fez antes, especialmente a principal: quem sou eu?
É claro que as respostas não devem ser dadas por aqueles que o escravizam, mas por você mesmo. Você encontrará, dentro de si mesmo, a fonte de todo o conhecimento. O Reino de Deus está dentro de você. Agora, me responda: se Deus está dentro de você, onde exatamente Ele vive? Quem é esse Deus? É óbvio que é você. Sendo Deus, por que aceita viver uma vida de submissão?
A resposta para tudo isso começa com a avaliação que você faz de si mesmo. Se não gosta do que encontra em si, procurará fora, buscará aprovação, e é claro que aqueles que percebem isso venderão essa aprovação a um preço alto.
Esse jogo é sujo, pois o homem ainda é um lobo para o homem. Somos sugados em todos os aspectos: mental, emocional e físico. Ninguém gosta de ninguém, ninguém se preocupa com ninguém, todos querem, de alguma forma, obter vantagem neste mundo.
Esse mundo está destinado ao fim. Não me refiro ao planeta, não ao globo terrestre com todas as suas belezas naturais, mas ao mundo de ilusões que aprisiona a maioria da humanidade em uma cela.
Filosofias religiosas, tradições culturais, padrões sociais, entre outros elementos, são formas de transformar o que é único em uma série de cópias. Estamos todos em uma linha de produção, recebendo peças e componentes que nos deixarão, no final dessa esteira, com a mesma aparência.
O grande desafio da experiência humana na Terra é descobrir-se, escapar dessa fábrica, assumir-se como indivíduo e rejeitar toda essa programação.
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Você não veio a este mundo para trazer felicidade a ninguém, pois cada indivíduo está ocupado com seus próprios interesses. Seja você mesmo, seja quem você for, pare de idealizar-se como alguém melhor, mais rico, mais bonito, mais inteligente. Nada disso será útil, porque enquanto você gastar energia tentando personificar um papel qualquer, o seu Verdadeiro Eu continuará esquecido.
Cada pessoa, como disse o poeta baiano Caetano Veloso, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!
