Salomão foi Rei dos Hebreus de 970 a 931 a.C., filho de Davi com Bate-Seba, não era o primeiro na linha sucessória do antigo Rei de Israel, porém pediu a Deus que fosse e Ele atendeu o seu pedido – além do mais, repassou a Salomão uma alta sabedoria para governar. O Rei seguiu esse caminho em seus primeiros anos de Reinado.
Os primeiros anos de seu Reino foram prósperos para o povo e para construções monumentais. Em Jerusalém, construiu o Templo de Salomão, como arca da aliança, em homenagem a Javé (Deus). No seu quarto ano de governo o templo foi finalizado. Suas riquezas eram infindáveis. Diferentemente de seu pai, Davi, não foi um reinado de conquistas de territórios, mas de afirmações. Não foi um guerreiro, mas um sábio juiz. A parte mais desafiadora fora de seu pai.
Vários reis de locais diversos e longínquos vinham consultá-lo para beber de sua sabedoria. Numa certa vez, duas mulheres se diziam mães de uma criança, para satisfazê-las disse o seguinte: “Corte o bebê ao meio e dê metade para cada uma”. A primeira mulher se deu por satisfeita, enquanto que a segunda disse que poderia dar o filho para a outra, já que preferiria ver o seu filho com outra a vê-lo morto, o Rei não teve dúvidas de que a 2ª era a mãe e lhe entregou o bebê.
Acontece que até o mais sábio dos homens sucumbe aos olhos de Deus. Quando recebeu a coroa, Deus lhe pedira que não se envolvesse com mulheres de outros reinos, já que elas trariam mensagens pagãs, politeístas. Salomão não só o fez como exagerou, casou-se com 700 princesas e 300 concubinas, várias não eram hebreias, logo com o tempo o seu coração não ficou voltado ao seu único Deus, algo que seu pai, Davi, conseguiu fazer ao longo de seu governo.
Outro dissabor que lhe veio foi a vaidade, eivada de egoísmo, com muitas mulheres e cheio de riquezas o seu dom mais precioso tinha se apagado: a sabedoria. Foi contaminado pelos aspectos materiais e esqueceu-se de julgar com imparcialidade e, com o tempo, foi se transformando em egocêntrico, os seus próprios dizeres confirmam isso na Bíblia, ao mencionar “eu” por diversas vezes.
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Ademais, foi ganancioso, mesmo sendo o homem mais rico de todo o mundo, ele queria mais e mais, aumentou impostos de seu povo, ao invés de não cobrá-los. Mas por que ele fazia isso com o povo? Tinha tudo! Porque ele tinha um vazio em si e tentava preencher dessa forma. Isso é o que muitas pessoas fazem em suas vidas. Salomão sucumbiu a isso, mas se tem um exemplo positivo: Buda. Ele, antes de ser Buda, era príncipe, detentor de várias riquezas, esposa, filho e abdicou de tudo, para viver uma vida de busca espiritual, da verdadeira completude.
Infelizmente, muitos repetem o que Salomão fez antigamente, vivem para si, com sua vaidade externa, não enxergam a sua beleza interior, para que possam expeli-la para o exterior e com isso contagiar terceiros. Não precisa ser Rei para fazê-lo, basta ser quem de fato você é, e que um dia se perdeu, mas está aí… deixe o seu “Buda” emergir.