Hoje em dia a amizade é uma raridade: não se encontra todos os dias, não se compra e nem se vende, apenas se conquista!”
(A. Araújo)
Jeová Rodrigues Ferreira, 45 anos – Monsenhor Tabosa – Ceará, é assim, está sempre à disposição de todos, é aquele amigo raro que também tem uma doença rara. Portador de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP).
Jeová o que você mais gosta de fazer?
“Mexer com imagens: desenhar, alterar fotos e vídeos. Quando o meu físico permitia, desenhava, pintava e desenvolvia esculturas”.
Como descobriu a FOP?
“Quando descobri a síndrome era bem criança ainda, não sabia do que se tratava, apenas percebi que os movimentos do quadril e do pescoço começaram a ficar limitados.
Aos 33 anos, assistindo a um programa de TV (SuperPop – Rede TV), acompanhei o depoimento de um rapaz que tinha características similares à minha e de meu pai e juntamente com as explicações conclusivas de uma Dra. Especialista no assunto que se não me falha a memória era a Dra. Patrícia Delai. Dei-me conta a partir de então que eu também tinha FOP”.
Jeová e suas obras
Qual sua principal dificuldade?
“Todas as necessidades básicas do dia a dia”.
Seu pai tinha FOP? O que ele fazia?
“Todos os sintomas e características indicaram que sim, só que na época não tínhamos a mínima ideia do que fosse. Era professor, o mais conhecido da época dele”.
Com quantos anos foi diagnosticado e com quantos faleceu?
“Não tínhamos ideia do que era, portanto não houve um diagnóstico oficial. Ele morreu aos 67 anos, 5 meses e uma semana”.
Você também pode gostar:
E sua irmã… Qual o nome, idade e com quantos anos foi diagnosticada?
“Deusimar Rodrigues, também não houve diagnóstico, apenas concluímos devido a todos os sintomas e características. Ela faleceu aos 16 anos por complicações do problema. Era estudante e tirava as melhores notas”.
Um de seus poemas:
“LIVROS NA ESTANTE
Quando olho os livros na estante,
Penso e reflito por um instante…
São contos e histórias importantes,
Aventuras e romances distantes.
Quando leio os livros da estante,
Penso ser um herói e amante…
Vivo histórias incríveis e marcantes.
Se não leio os livros da estante,
Sou apenas um solitário errante…
Perdido sob um sol escaldante,
Com incertezas e o duvidar ignorante”.
Caros leitores, informamos que os comentários feitos nos artigos de Marianna Gomes não poderão ser respondidos. Nossa querida colunista deixou este plano terreno em junho de 2018, e agora ilumina outras esferas. Agradecemos muito seu interesse, e também a ela por ter contribuído lindamente com este projeto.
Gratidão imensa.