Convivendo

Dia do Contador de Histórias

Mulher lendo história para crianças.
Foto: 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Em 20 de março, comemoramos o Dia do Contador de Histórias. Apesar de a data ter sido criada em 1991, na Suécia, a contação de histórias é uma arte milenar.

Desde os primórdios até os dias de hoje, a necessidade de se comunicar e se expressar é uma característica do homem (que é um ser social). Ao longo desses tempos, encontramos diferentes formas para dar vazão a essa necessidade. Uma delas é a narrativa oral, utilizada como transmissão de saberes e experiências.

A tradição oral vem sendo passada de geração em geração. Em muitas culturas, crianças e jovens costumam se reunir para ouvir as histórias contadas pelos mais velhos. Até hoje, a narrativa oral é um costume entre tribos primitivas africanas e australianas, e até mesmo aqui no Brasil esse hábito ainda perdura.

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Em um tempo no qual as máquinas tomaram conta do nosso entretenimento, com a predominância da narrativa mais visual e “instantânea”, resgatar a cultura da contação de histórias é uma necessidade para manter o vínculo, a integração e uma comunicação mais orgânica e natural.

Com a palavra, o narrador

Mulher falando em megafone.
Foto: 123rf

O contador de histórias empresta à narrativa o seu sentimento, as suas entonações e a sua emoção, o que torna esse momento único não só pela interpretação peculiar de cada narrador, como também pela interação e pelo interesse do ouvinte em saber cada passo seguinte da história. Os olhos atentos, o coração acelerado, a expectativa dos acontecimentos. Tudo isso transmite a magia do ato de ler e do papel do leitor, que quase se transforma num personagem à parte, que vai dando o tom da leitura.

O ato de contar histórias promove o interesse de jovens e crianças por descobrir novas realidades e fantasias, estimulando a imaginação e o raciocínio. Sem falar que também incentiva o desejo pela leitura, pois muitos desejarão se tornar contadores de histórias, para poderem emprestar suas emoções e percepções às mesmas narrativas, ou até mesmo criando as suas próprias.


Uma boa contação de histórias exige do narrador um bom “timing”, para que, nos momentos de clímax, ele saiba dar o tom e prender a sua plateia, extraindo dela a emoção necessária para o desenrolar do enredo. Muita concentração e paciência também são essenciais. Além da vontade de ensinar, transmitir conhecimento e experiência para olhos e ouvidos atentos. É importante também o gestual e o olhar, pois cada ação complementa aquilo que se narra. O mais gratificante é ver a reação de cada ouvinte e a vontade de se aprofundar na construção das personagens apresentadas. Tudo o que envolve a leitura e a imaginação é mágico.

Ser um contador de histórias é uma arte. Tudo o que ele transmite transforma completamente a perspectiva de quem ouve, principalmente das crianças. Neste Dia do Contador de Histórias, parabenize o profissional que se dedica a trazer novos mundos para o mundo de seus ouvintes por meio das palavras. Se você é um contador de histórias, merece mais do que parabéns, e não só no seu dia, como em todos os outros!

Para fortalecer o hábito

Homem escrevendo e mexendo no notebook.
Foto: 123rf

Que tal aproveitar o Dia do Contador de Histórias para colocar em prática esse hábito tão essencial, ainda mais nos dias de hoje, em que celulares, tablets e computadores dominam a nossa rotina?

Faça uma roda de leitura. Escolha livros interessantes para os seus pequenos. Se os seus filhos ainda não forem alfabetizados, procure ser o contador da vez, usando sua emoção e talento para contar a história do seu jeito. Se eles já sabem ler ou estão em início de alfabetização (principalmente de leituras mais longas), sugira que eles mesmos façam as vezes de narrador. Deixe que eles leiam, inventem e incrementem a história que estão lendo. Vale tudo para exercitar a imaginação e fortalecer os laços e o hábito da leitura entre seus pequenos.

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